O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), bateu o martelo e vai votar na sessão plenária que decidirá pelo acolhimento ou não do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão do peedemebista quebra o princípio de neutralidade que envolve o posto. De acordo com a Folha de S. Paulo, Cunha votará pela abertura do processo e prepara, em reuniões secretas com aliados, armadilhas para o dia da votação. O peedemebista quer reduzir as possíveis chances de vitória de Dilma. Segundo o regimento da Casa, o presidente apenas vota em escrutínios secretos ou para desempatar votações abertas. Esta última opção inexiste no caso do impeachment, pois são necessários pelo menos 342 dos 513 votos para dar ao Senado o aval de abrir o processo contra a presidente. Entretanto, de acordo com a publicação, Cunha já firmou junto à área técnica o entendimento de que, por não haver possibilidade de empate no impeachment, ele não precisa manter a neutralidade para interceder em um eventual desempate. Ainda confirme a Folha, o painel eletrônico estará desligado e Cunha fará chamadas nominais para que os parlamentares declarem, no microfone, seu voto contrário ou a favor ao pedido de impeachment ou abstenção. O presidente da Casa ainda fará sucessivas chamadas, nome a nome, de deputados faltos, citando partido e estado do parlamentar. O objetivo é constranger quem tenha selado acordo com o governo para faltar à votação, já que o não comparecimento conta como ponto a favor de Dilma – os favoráveis ao impeachment precisam conseguir 342 votos pelo acolhimento do pedido.
Bahia Notícias