Antes de vir a Juazeiro na sexta-feira (11), o deputado federal e presidente do PCdoB na Bahia, Daniel Almeida, concedeu entrevista ao site da capital “Bahia Notícias” onde deixa claro a sua pretensão de fechar aliança com o PT em Juazeiro. E mais, justifica que o maior impasse reside na interferência do ex-deputado Joseph Bandeira. Confira esse momento da entrevista:
BN – Qual é a meta para a eleição desse ano? Quantos prefeitos e governadores na Bahia?
DA – Nós queremos crescer. No Brasil e na Bahia, com os nossos parceiros. Nós estamos visualizando a possibilidade de eleger em torno de 30 a 35 prefeitos na Bahia. Hoje temos 17. E temos a possibilidade de alcançar de mil a 1,5 mil vereadores. Nós temos, hoje, em torno de 200 vereadores. Mas isso são expectativas do cenário que está se constituindo agora.
BN – Para finalizar: estão comentando, de brincadeira, que se o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, conseguiu trair Manuela D’Ávila, que é a musa do Congresso Nacional, o PT não teria dificuldade nenhuma em trair o PCdoB. E que seria isso que estaria acontecendo agora. O que Daniel Almeida acha disso?
(risos)
DA – No campo das relações pessoais, só os envolvidos falam. No ambiente da política não é adequado falar disso. Mas no ponto de vista das relações políticas, não tem traição. O PT tem todo o direito de buscar se consolidar como o principal partido do país hoje porque tem o governo federal e o governo da Bahia. E deve respeitar os demais partidos, que têm o direito de crescer e buscar seus espaços. Então não haverá traição. Nós temos dificuldades, mas temos entendimentos. Hoje mesmo estou indo com o presidente do PT consolidar uma aliança difícil, complicada, em Juazeiro.
BN – O senhor vai conseguir fazer essa aliança lá?
DA – O [presidente estadual do PT] Jonas Paulo e o [secretário de Relações Institucionais] Cézar Lisboa estão indo para Juazeiro para compor essa aliança. Mas nós temos uma boa relação com o PT. Temos dificuldade é com o Joseph [Bandeira]. Estamos tentando convencê-lo de que esse é o melhor caminho e que temos que dar continuidade a um projeto que começa a produzir resultados por lá. E também tivemos muita dificuldade em Lauro de Freitas. Tivemos um candidato que estava em primeiro lugar nas pesquisas e retiramos essa candidatura para favorecer à unidade liderada pela [atual prefeita] Moema Gramacho. Então, temos dificuldades, sim. Mas não há traição.
Bahia Notícias
Foto Tiago Melo Bahia Notícias








