Em entrevista coletiva realizada ontem (9), os delegados da Polícia Civil, Magno Neves e Sara Machado, convocaram a imprensa para dar alguns esclarecimentos sobre o assassinado do policial militar Edjammy Santos, ocorrido no último dia 1º de março.
De acordo com o delegado Magno Neves as investigações do assassinato do policial militar estão sendo finalizadas e já foram identificadas as pessoas envolvidas no crime. “As investigações estão em fase conclusiva. Todos que participaram da morte de Edjammy serão punidos, serão presos, será decretada a prisão preventiva deles através de representação da autoridade policial da delegacia de homicídio”, afirmou.
Para não atrapalhar o andamento do processo o delegado não informou os nomes dos envolvidos, mas, segundo Neves, devem ser divulgados até a próxima sexta-feira (13).
Imagens
O delegado alertou que as imagens que circulam nas redes sociais, acusando algumas pessoas de serem os autores do crime, não fazem parte da investigação da polícia. “As pessoas têm que parar de circular essas mensagens com as fotografias dessas pessoas para que não venham atrapalhar as investigações”, destacou.
Questionado se algum suspeito do crime já havia se apresentado à delegacia, Magno esclareceu que, apenas algumas das pessoas caluniadas com a divulgação de fotos nas redes sociais foram até a delegacia. “Das pessoas que tiveram participação no crime, que efetivamente serão indiciadas, ainda não se apresentaram. Houve apresentações de algumas pessoas, justamente de fotos que estavam circulando. Nós tiramos algumas dúvidas e realmente essas pessoas só vieram a contribuir com nosso trabalho e demonstrar que não tiveram nenhuma participação no crime”, disse.
Sem vínculos
Sobre a existência de alguma relação entre as tentativas de homicídios e assassinatos ocorridos na última semana, após o assassinado do PM, o delegado respondeu. “Petrolina sofreu um surto de violência nesse final de semana, mas foi ocasional, não tem nenhuma ligação, nem uma retaliação por parte da morte do policial Edjammy. O que aconteceu foi que acaso se deu naquela semana em que ocorreu a morte do policial. Mas não temos ainda, comprovada, nenhuma ligação da morte do policial com os eventos criminosos que ocorreram na cidade”, expôs.
Segundo a delegada de homicídios de Petrolina, Sara Machado, ocorreram até o momento 24 homicídios, todos eles sendo investigados pela polícia e aproximadamente 60% dos casos já foram elucidados. “Muito se falou na imprensa sobre a possibilidade de vinculação dos homicídios que ocorreram nessa primeira semana de março com a morte do policial militar. O que a gente quer esclarecer é que, preliminarmente, todas essas vítimas são envolvidas com o mundo do crime. Elas têm envolvimento com tráfico de drogas e com crimes contra o patrimônio e que a princípio, a população pode ficar tranquila porque não se tem nenhuma notícia que essas mortes, que aconteceram na cidade no mês de março, tenham algum tipo de vinculação com a morte do policial militar”, contou.
O crime
O policial militar, lotado na Rocam, Edjammy Silva Santos (33), foi assassinado na madrugada do último dia 1º de março em um bar na Avenida Francisco Coelho de Amorim, no bairro José e Maria em Petrolina.
Segundo informações da Polícia Militar, o policial estava no Bar do Barril com sua esposa, quando avistou um grupo de elementos consumindo drogas, momento em que o policial foi ao encontro do grupo e os advertiu, em seguida, anotou a placa do veículo em que os meliantes estavam e retornou ao bar para conduzir a sua esposa para sua residência. Momentos depois, Edjemmy retorna ao bar e, novamente, se depara com os meliantes, fato que resultou em nova repreensão, porém, nesse momento, dois dos meliantes fogem, e inicia-se uma discussão. Quando, em seguida, um dos elementos retorna, sem que o soldado Edjemmy perceba e desfere um tiro na nuca do policial militar. Os criminosos fugiram em dois carros, um veículo Celta e uma S-10.