Os deputados do Democratas, Ronaldo Caiado (GO) e Mendonça Filho (PE) reuniram-se nesta terça-feira (18) com as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria das Mulheres) para pedir revisão dos contratos de trabalho de cubanos que atuam no programa Mais Médicos. Além disso, querem ainda agilidade no pedido de refúgio da cubana Ramona Rodriguez, que deixou o Pará, onde atuava, após abandonar programa. Para Mendonça Filho, os médicos cubanos contratados pelo governo são “discriminados e tratados como escravos”. “Pedimos respaldo para que elas [ministras] atuem dentro do próprio governo para que a gente possa reavaliar todo o programa e garanta aos médicos cubanos o mesmo tratamento que é oferecido ao um português, espanhol, argentino”, afirmou o deputado. Já para Caiado, o contrato firmado entre a médica e La Sociedad Mercantil Cubana Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos – que intermedia a contratação pelo Mais Médicos – é inconstitucional.
Segundo ele, profissionais daquele país são impedidos de se deslocar para outras cidades, de conviver com brasileiros, de se casarem e de participarem de eventos sem autorização de um supervisor. Há ainda limitação ao direito a férias, entre outras restrições. “Como o Brasil que hoje pleiteia uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU comunga com um contrato que fere tudo aquilo que o Brasil é signatário?”, questionou o deputado goiano.