A demora na retirada de corpos de zonas residenciais, a falta de água e o número de pessoas vivendo na rua sem condições sanitárias fazem aumentar o risco de doenças no Nepal, como o cólera, quase uma semana depois do forte terremoto que atingiu o país asiático. O número de mortos já ultrapassou a marca de 6 mil pessoas, e cadáveres continuam sendo retirados dos escombros diariamente.
Mais de 600 mil casas foram destruídas ou danificadas, segundo as Nações Unidas, levando meio milhão de pessoas a dormir a céu aberto em todo o país. Ao todo, 82 acampamentos estão funcionando no Vale de Katmandu, a região mais afetada. Apenas na capital são 21 campos que abrigam atualmente 20 mil pessoas, boa parte delas crianças. Em parques, praças e campos de golfe, famílias inteiras estão vivendo sem banheiros e em tendas precárias, que não possuem proteção para o solo.
Hospitais sobrecarregados
As condições dos abrigos improvisados se deterioram, assim como o acesso a saneamento adequado. A temperatura durante o dia tem aumentado e falta água. Governos e especialistas alertam sobre o forte risco de epidemia, após o desastre, como ocorreu depois do terremoto no Haiti, em 2010.
Os hospitais da capital estão sobrecarregado e com estoque de medicamentos em baixa e faltam especialistas. Todos esses ingredientes indicam que a crise no país, que ainda está contando seus mortos, pode se somar a um quadro de epidemia.
O governo local afirma que não há sinal de contaminação, mas a ONU indica um aumento significativo dos casos de diarreia nas zonas afetadas pela catástrofe. Doenças de pele também têm se multiplicado.
Fonte: MSN Notícias