A presidente Dilma Rousseff orientou seus auxiliares a iniciarem rapidamente uma operação de “pacificação” nas regiões de conflitos entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, vão articular acordos, a partir desta segunda-feira (3), para suspender, temporariamente, ações de reintegração de posse em áreas conflagradas. A ideia é procurar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério Público para analisar em conjunto os litígios de terras indígenas que existem no país e pedir que as ações de reintegração de posse sejam feitas com um pouco mais de tempo, para que possam ser devidamente planejadas. Para o governo, a rapidez na ação de desocupação nas fazendas Cambará e Buriti, em Sidrolândia (MS), foi fatal. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, vai se reunir com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raimundo Damasceno, para pedir ajuda da Igreja para dialogar com índios pequenos agricultores em busca da redução de conflitos. O ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, responsável pela interlocução com os movimentos sociais, também foi incumbido pela presidente de ajudar no processo. As ações dos ministros foram definidas a partir da reunião de emergência, quando a presidente realizou um balanço da situação de conflitos indígenas por todo o Brasil. Informações da Agência Estado.