A presidente Dilma Rousseff, em reunião no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (24), firmou cinco pactos com governadores e prefeitos de todo o Brasil: responsabilidade fiscal e controle da inflação; reforma política, com combate e aumento das penas à corrupção; além de “salto de qualidade” na mobilidade urbana, educação e saúde. Entre os pontos mais polêmicos, ela sugeriu a instalação de um plebiscito para se convocar uma Assembleia Constituinte para tratar das mudanças e a criação de uma “nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime hediondo, com penas severas”. Sobre a melhoria nos transportes, um dos principais pontos requeridos nas manifestações que tomaram o país, a mandatária nacional anunciou que pretende ofertar mais R$ 50 bilhões para investimentos no setor e, a fim de baratear a tarifa de ônibus, disse que o governo federal está disposto a ampliar a desoneração de impostos. Dilma pediu colaboração dos gestores para também diminuirem nos Estados e Municípios a carga de tributos sobre o serviço. Para a educação, a petista defendeu a alfabetização no tempo certo, o investimento em ciência e tecnologia e a valorização do professor. Para tanto, salientou a necessidade de o Congresso aprovar a destinação dos recursos do pré-sal na educação. “Confio que os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita no Legislativo com urgência constitucional”. Sobre a saúde, ela voltou a clamar pela contratação de médicos estrangeiros, com um dado de que o país tem uma das menores taxas de importação dos profissionais no mundo, de 1,79%. Ao comentar a onda de protestos, com a voz embargada, Dilma decretou: “Reafirmo meu compromisso de ajudá-los [manifestantes] no que for necessário para garantir a paz e tranquilidade nas grandes cidades.”
Foto: Ed Ferreira/Estadão Conteúdo