A presidente Dilma Rousseff marcou para quinta-feira (25) uma viagem à Argentina, segundo informou o Palácio do Planalto. Ela afirmou nesta terça-feira (23) que se encontrará com a presidente daquele país, Cristina Kirchner, para discutir relações comerciais e expansão de investimentos.
Dilma deverá passar dois dias na Argentina, de acordo com informação do Itamaraty. A presidente disse que, na reunião – que geralmente ocorre de três em três meses, segundo ela – discutirá com Kirchner “todos os assuntos”.
“Nós teremos uma pauta bastante ampla com a Argentina. Sempre discutimos todas as relações, comerciais, investimentos, toda interação entre a economia brasileira e a economia argentina”, afirmou a presidente durante entrevista no Palácio do Planalto.
O Itamaraty informou que as duas líderes deverão tratar de projetos de cooperação em ciência, tecnologia, inovação e sustentabilidade em temas como energia nuclear, defesa, empreendimentos hidrelétricos, construção de satélites, indústria naval e educação.
Dilma e Kirchner também deverão tratar da situação dos dois principais blocos da América do Sul, o Mercosul e a Unasul. As cúpulas avaliam a reintegração do Paraguai, suspenso em junho do ano passado após a destituição do então presidente Fernando Lugo. O novo presidente, Horacio Cartes, foi eleito no último domingo (21).
Em telefonema a Cartes, Dilma desejou “um governo bem-sucedido e ressaltou a disposição para recompor as relações bilaterais e do Paraguai com o Mercosul”, informou assessoria do Planalto nesta segunda-feira (22).
A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações nacionais de manufaturas, segundo informou o Itamaraty. De 2003 a 2012, o comércio entre Brasil e Argentina passou de US$ 9,24 bilhões para mais de US$ 34,4 bilhões.