Discurso do ex-deputado, Osvaldo Coelho, na cerimônia de aniversário dos seus 84 anos

Petrolina, 22 de agosto de 2015

Discurso do ex-deputado, Osvaldo Coelho, na cerimônia de aniversário dos seus 84 anos
Discurso do ex-deputado, Osvaldo Coelho, na cerimônia de aniversário dos seus 84 anos

 

Vida e adversidades

Nem todos sabem, sou nascido em Juazeiro, mas tenho duas naturalidades; Juazeiro e Petrolina. Esta reunião é para agradecer. Aqui tem um punhado de amigos, mas no meu coração está o Sertão todinho. Aqui estão o que a casa cabe, mas o coração abraça todo o Sertão. Deus me ajudou a cultivar a solidariedade humana. Deus me ajudou a amar a liberdade. Isso foram os esteios, foram os alicerces de toda a minha formação. Eu nasci em 31, a grande seca veio em 32. Por aqui não chegava jornal, televisão, rádio, nem estradas. As histórias que eu ouvia eram só das secas e do cortejo de misérias que acompanhava a seca. Eu tinha uma tia que só falava disso, eu só ouvia falar na seca, só ouvia falar da fome, só ouvia falar da morte. Essas coisas foram se agasalhando no meu coração para provocar uma reação contrária.

São Paulo, formação e solidariedade

Mais adiante, meu pai me manda estudar em São Paulo. Meu pai acreditava muito no conhecimento, enquanto os contemporâneos dele davam aos filhos uma loja de tecidos, uma loja de ferragens, papai dava o conhecimento como o melhor presente para os filhos. Isso eu aprendi com meu pai.

Viajamos daqui para São Paulo.  Nilo recém-formado, Geraldo que já conhecia São Paulo, meu irmão Paulo, Adalberto e eu, cinco no navio para estudar em São Paulo. Daqui para Pirapora, 12 dias de viagem e mais 12 para chegar em São Paulo. Mamãe conta que quando nós partimos não tinha energia, era uma lamparina. Papai acordava na madrugada acendia a lamparina e redigia um telegrama para os amigos dele dos portos de Remanso, Xique-xique, por aí a fora, dizendo que entrassem no navio e mandassem todo mundo de volta, umas três noites ele fez isso. Redigia e rasgava, redigia e rasgava. Nessa viagem, o combustível do navio era a lenha, então parávamos em cada ponto, para receber lenha e em cada porto que recebia lenha, deixava uma criança que ia na segunda classe, ali perto das caldeiras.  Eram os retirantes que morriam e eram enterrados. Em todo porto pegava lenha e uma criança era enterrada.  Nilo era nosso tesoureiro. Quando chegou em Pirapora, não tinha mais nenhum tostão, pois compraram todo dinheiro de remédio para os meninos e não houve jeito, pois os meninos haviam morrido. E ele era médico e eu indaguei, “ Nilo de que estão morrendo essas crianças?” .Ele respondeu “ de fome, o atestado que eu dou é de fome, o governo tem que ter vergonha disso, Fome!!!”. Então eu fiquei “assim”, não podia ser indiferente à forma como eu vi e o que eu senti.  Osvaldo é produto disso

Saudades e indignação

A nossa casa tinha de um lado um alfaiate, mais adiante, um pedreiro, na esquerda, uma lavadeira e uma engomadeira e um depósito onde havia trabalhadores braçais. Dessa forma, meus amigos eram filhos deles, era o filho do alfaiate, do pedreiro, da lavadeira, dos trabalhadores rurais,  mas eu sofria muito com essas amizades que eu fazia com os pobres porque de vez em quando eles diziam nós vamos para São Paulo. Amigos que eu tinha feito e de quem eu gostava muito, partindo. Então, o meu coração sofreu muito a dor da separação. Não há dor maior do que a da separação. Eu me lembro do nome deles, Rubém, Januário, Zé Peba, Cícero e o velho Zuza, pessoas que foram e eu nunca mais os vi.  Digo isso para vocês me perdoarem dos meus erros e entenderem porque eu sou assim. Vocês estão vendo essa casa aqui, era uma casa de taipa.  Nessa casa nasceu minha mãe, mais adiante em outra casa rústica, nasceu meu pai, filho de ajudante de vaqueiro e minha mãe, filha de tangedor de cabra, mas essa casa esta aí para me fazer cada vez mais acreditar que as pessoas nascem pequenas e podem crescer e depois os meus amigos foram os degraus da minha vida pública. Cada um que me dava um voto me fazia chegar ao poder. Lá chegando, fiz um juramento de que eu não tinha direito à canseira, nem à distância. Lutei com essas ferramentas e tudo que foi feito, foi isso.

Trajetória política

De forma, meus amigos que hoje nós moramos numa cidade que foi sonhada. Petrolina foi primeiro sonhada e depois planejada, “Petrolina foi sonhada, mas Petrolina hoje sonha”, Petrolina tem que ser no mundo um exemplo de medicina ou de agronomia ou então das duas coisas. Essas novas gerações têm que saber que têm essa responsabilidade. Os alicerces foram plantados, o Sertão tem que ser uma nova civilização. Uma civilização que não vai sofrer e que não sofreu os azares do litoral. Os litorais tinham ventos de prosperidade, mas junto com isso chegavam exemplos que nós não gostávamos, tais como: a escravidão, o senhor de engenho, o desgraçado, essas coisas nunca chegaram aqui. Sempre fomos uma sociedade pastoril e, consequentemente, democrática e mais igualitária. A minha luta e a que eu proponho aos que me ouvem é que transmitam ás outras gerações que diminuam as desigualdades. O mal do Brasil são as desigualdades, O Brasil é muito rico e muito pobre isso não está certo. Uma federação tem que ter estados parecidos. As raízes dessas desigualdades são muitas: começam pela eleição do presidente. Presidente eleito pelos grandes colégios eleitorais, quais são os grandes colégios eleitorais? São Paulo e Minas Gerais.  Eles elegem e apresentam a conta, ou seja, eles crescem e nós diminuímos. Então, é preciso que isso seja refletido pela nova geração, pelo novo cérebro que Petrolina está namorando. Petrolina com Universidade Federal tem o dever de elaborar o novo cérebro. O nosso primeiro cérebro foi Dom Malan; o segundo, Coronel Quelê que acabou com essa história de votar em candidato de outro mundo e percebeu que o candidato tinha que ser daqui. Então juntou Santa Maria da Boa Vista, Ouricuri, Araripina e fizemos o primeiro voto do Sertão e a partir daí desencadeou uma apresentação politica sertaneja que melhorou nossa sorte.

Agradecimentos

De modo, que eu estou aqui para agradecer os presentes que foram os degraus da minha ascensão politica e conclamá-los para não esmorecer na vida. Podem vir as dificuldades que vierem, saibam que as dificuldades não resistem à força do trabalho. Pode ser a dificuldade maior do mundo, não resistirá á força do trabalho. O meu legado é que diminuamos as desigualdades do semiárido com o Centro Sul e do próprio semiárido. Para isso só existem duas ferramentas: uma é a educação e a outra é a irrigação. Não há outra.

Os jovens, quando estudam, se preocupam com o trabalho e o trabalho que lhes será oferecido é a irrigação. Foi por isso que eu abracei essas duas bandeiras e creio que podem surgir outras, mas as outras serão consequências. A prestação de serviço é consequência dessas duas. Eu quero dizer que sou um homem bem agradecido a Deus pela vida que tenho porque consegui fazer da minha vida o que eu gosto e, o que eu queria.  Tenho 44 anos de mandato; na universidade, três anos de luta estudantil em Salvador e do curso clássico mais três; quer dizer que eu completei meio século de vida pública. Graças a Deus, eu fiz o que eu gostava. Só isso é o suficiente para ser muito agradecido ás bênçãos de Deus.

Admiração por sua esposa e filhos

Ele também me deu uma mulher generosa, Anamaria. Ela fundou a APAE, e muitos ignoram o que seja a APAE. Vou lhes dizer em poucas palavras: é uma instituição que acolhe aquelas pessoas com algum tipo de deficiência. Aqui em Petrolina, elas estavam dispersas, sem nenhuma assistência. Ela fundou e mantem e não se aparta da APAE, então eu  acho que casou comigo porque eu também pensava essas coisas. Meus filhos, graças a Deus, não sei se poderiam ser melhores. Todos generosos, amorosos e operosos, graças a Deus. Então, tive tudo na vida, eu tinha razão de chamá-los para dizer isso a vocês, não ficava certo se eu tivesse isso dentro de mim. Não estou dizendo que sou o herói, estou agradecendo a Deus as bênçãos e os caminhos que Ele me ofereceu. É isso! De forma que são essas as minhas palavras, os meus agradecimentos pelos que vieram aqui. Uns vieram de perto, outros de longe, outros não puderam vir, eu reconheço.

Otimismo

No dia de hoje eu não posso esquecer dois grandes amigos que fazem aniversário no mesmo dia que eu, dois grandes amigos, amigos, amigos… Um deles, meu companheiro de estudo, ele estudava medicina e eu direito, chamava-se Sandoval Morais, era cunhado do meu irmão Gercino, e o outro era o velho Barrinho, eu não tive dois amigos melhores que esses, podem empatar, mas melhores que esses eu nunca tive. Quero dizer a vocês que sou de bem com a vida, gosto de viver, sou agradecido pela maneira que chegaram meus 84 anos. Demorei a participar da missa porque o médico teve que me fazer uma visita. “Eu disse a ele, “quero mais vinte anos”, ele respondeu, “lhe dou quarenta”, eu rebati dizendo, “ fico satisfeito com mais vinte”. Penso que essa festa de hoje é a primeira de vinte anos, que mais vinte anos ainda vou celebrar, daqui a vinte anos estão todos convidados a vir.

Recordações e fraternidade 

Como recordo meu pai! Como recordo no dia de hoje a minha mãe! Como recordo meu padrinho, meu irmão mais velho Gercino! Papai nos ensinava fraternidade. Ele era fanático pela prática da fraternidade.  Gercino casou-se foi para longe, não teve a convivência maior com os irmãos. Foi eleito deputado da Bahia. Alugou uma casa enorme, só tinha três filhos e eu exclamei “Tá doido! Um casarão desses para três filhos apenas!”. Depois que ele alugou me disse “Olhe, você, Paulo e Adalberto vão morar comigo”, Sandoval, Pedrinho e Almir que eram os irmãos da mulher também vão morar comigo. Eu achei que ele tinha endoidado, uma mulher de 27 anos, novinha, e ele pegou assim esses seis brutamontes, vocês nem queiram saber o que foram essas vida lá. Havia um chamado Pedro Morais, que tinha muitos amigos. Todos os dias ele levava, sem avisar, seis pessoas para almoçar, no mínimo;  minha cunhada reclamava, mas ele achava que estava tudo certo, achava até pouco e aí levava dez pessoas, era uma verdadeira farra. Foram dias maravilhosos. Eu tive lições imorredouras de politica e de fraternidade com meu irmão Gercino. Ele era um tribuno, grande orador, grande político. Então tenho na minha vida publica a marca dele, como tenho a marca do grande sonhador e pensador que era Nilo.

O irmão Nilo Coelho

Nilo sonhava com tudo isso que vocês estão vendo aqui. Sonhava ate mais, era uma figura extraordinária. Era um homem desmedido na ambição de servir ao Sertão, o que Nilo foi ninguém sabe. É difícil que a nossa nova geração entenda quem foi Nilo Coelho. Ele, possivelmente, foi o maior orador de Pernambuco. Ninguém falava melhor do que ele, ninguém mais austero que ele, ninguém mais operoso do que ele. Como governador aos sábados e domingos, ele entrava no ônibus e ia conhecer o estado todo, nos menores detalhes. Foi um grande cidadão e um grande estadista. Ele saiu desta casa. No Brasil são três poderes, o judiciário, o executivo e o legislativo que é o Congresso Nacional. Ele foi o presidente do Congresso Nacional, teve o terceiro poder da República. Era de Petrolina, para vocês verem como se conquistam as coisas, e nascido de um ventre desta casa.

Gratidão

De forma que, se eu fosse falar dos que me ajudaram, não teria vez para ninguém aqui, nem para tomar uma xícara de café porque eu tive grandes companheiros: Honório Rocha, Zé Ramos, Geraldo eu nem digo, porque ele é meu irmão siamês. A gente era junto demais, a nossa unha e carne começaram em São Paulo. Meus colegas eram filhos de estrangeiros, eu não entendia a língua deles, eles também não entediam minha língua catingueira, era um desastre. Geraldo aos domingos me levava lá no tal Chamberlain, um alojamento que ele tinha para espairecer. Nós íamos e matávamos a fome. Havia uma família, nós sempre tínhamos um porto, era seu Domingos de Morais, um médico. No dia em que meu irmão Caio morreu afogado, ele era interno na Bahia, na missa celebrada veio um alagoano e abraçou meu pai, e disse: meu nome é Domingos de Morais e eu era amicíssimo de Caio, eu era irmão de Caio. O meu pai disse: pois agora, você é um filho meu e aí se  selou uma amizade fantástica, nós temos em São Paulo muitos amigos, agora mesmo eu vou a um casamento em São Paulo. Também tive belos amigos de Parnamirim, Cabrobó, Belém,  Salgueiro, Afrânio,  tudo isso é o que organizou a minha vida e me deu a força politica que eu precisava ter.

Se eu fosse falar dos amigos, não sei onde botava Serrita. Lá tem uma senhora que me recebeu para me dar votos e a primeira condição que ela colocou foi que eu não gastaria nenhum tostão e eu já era acostumado a não meter a mão no bolso, lá então eu era peixe n’água, deram-me belas eleições. Ouricuri, Araripina, não vou nem citar municípios, de forma que ficam aí minhas palavras e minha gratidão. Vou dizer a Deus que sou agradecido pela vida boa que me deu e que eu desejo para todos. Acho que a felicidade é um direito de todos, e eu nunca parei de estar ao lado dessa missão: levar as pessoas para a felicidade

A caminhada continua

Outro dia saí com o Coronel Leite, fomos à Izacolandia falar para 40 rapazes que aspiram crescer, entrando na Universidade ou no IF Sertão, ou ainda no SENAI. Depois fomos à Cristália, depois à Ponta da Serra, depois à Rajada e ontem fomos a Cohab V. A gente fala para as crianças, animando-as para a vida toda e eles gostam tanto que quando saímos eles aplaudem muito. Uma delas disse em Cristália, “E vocês voltem sempre”, gosta da gente e a gente gosta quando as pessoas gostam. Olha, muito obrigado a todos!

 

Ascom/OC

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