Os egípcios tomaram a célebre Praça Tahrir no Cairo nesta quarta-feira (25) para marcar um ano da revolta que tirou do poder o ex-ditador Hosni Mubarak, com os militares atualmente no poder planejando celebrações e ativistas reiterando que a revolução ainda não terminou e que o país precisa de mais mudanças.
Milhares de islamitas, liberais, esquerdistas e cidadãos comuns tomaram conta da praça, epicentro dos protestos, agitando bandeiras e exibindo cartazes.
A Irmandade Muçulmana, que dominou as eleições para o novo Parlamento, se fez presente para comemorar um ano desde que os egípcios –inspirados pela revolta na Tunísia, que deu início à Primavera Árabe– tomaram as ruas para protestar contra o regime.
Mas outros grupos, incluindo movimentos pró-democracia por trás da revolta, insistem que precisam terminar a revolução e querem a saída dos militares do governo.
O marco chega no mesmo dia em que o estado de emergência, em vigor há mais de 30 anos no país, foi suspenso por ordem do marechal Hussein Tantawi, chefe da Junta Militar que atualmente governa o Egito.
Dois dias atrás, o novo Parlamento tomou posse –a primeira formação desde a queda de Mubarak–, e elegeu o islamita Saad Katatni, deputado do Partido Liberdade e Justiça (PLJ) (braço político da Irmandade Muçulmana) como seu presidente.