De olho na Copa do Mundo e no provável congestionamento de redes móveis, as operadoras de telefonia pretendem ampliar o número de pontos de acesso à internet via tecnologia wi-fi em território brasileiro. Os investimentos para a instalação dos chamados hotspots em lugares públicos e privados são até 10 vezes menores que os necessários para a instalação de redes 3G e 4G, segundo analistas. No entanto, por terem cobertura limitada (restrita ao raio de alcance do ponto de acesso), as redes são vistas como complementares aos serviços de internet móvel das operadoras, e não como substitutas. A Claro, que tem 6 mil pontos de conexão em todo o país, pretende priorizar o wi-fi indoor – presente em aeroportos, restaurantes e shoppings centers. Para a Copa do Mundo, a empresa negocia acordos com operadoras internacionais para que visitantes estrangeiros tenham acesso às redes sem fio no Brasil.
A Claro também instalará, em parceria com concorrentes, redes wi-fi em mais da metade dos 12 estádios que receberão jogos durante o Mundial. A Oi foi uma das primeiras empresas a investir no segmento, em 2011, e responde por quase 96% dos hotspots do país, com 152,5 mil pontos, segundos dados da Anatel. A operadora diz, no entanto, que encerrou 2013 com 500 mil hotspots instalados – os quais permitem o acesso gratuito por até 15 minutos a usuários de outras operadoras. As previsões para este ano não foram reveladas pela Oi, que está em período de silêncio devido à fusão com a Portugal Telecom. A Tim, que começou o ano de 2013 com 50 hotspots, diz tê-lo finalizado com 719. Segundo os dados mais recentes da Anatel, o país encerrou novembro com 88,4 milhões de acessos via 3G, aumento de 4,2% sobre outubro, e 923,3 mil acessos via 4G, aumento de 26,4% em relação ao mês anterior.
As informações são da Folha de S. Paulo.