Em um momento que representou a conquista de direitos, o Consórcio Sustentável de Território do São Francisco (Constesf) realizou o encerramento da primeira etapa do Projeto Cisternas em Juazeiro, na manhã de ontem (24). Nesta primeira etapa, o Constesf, junto com o Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) e em parceria com a prefeitura municipal de Juazeiro, finalizou cerca de 150 tecnologias sociais de captação e armazenamento de chuva.
Além das famílias beneficiadas, estiveram presentes no evento o presidente do Constesf e Prefeito de Canudos, Genário Rabelo; o Coordenador geral de campo do Projeto Cisternas, Mauro Macêdo; o diretor de projetos do Constesf, Frank Chaves; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro, Emerson José; o vereador Agnaldo Meira; técnicos do CAA e, representando a Prefeitura de Juazeiro, Inaldo Loiola, assessor de relações institucionais do SAAE.
Genário Rabelo destacou a importância do trabalho do Consórcio na busca de políticas públicas que garantem aos pequenos produtores uma convivência digna com o semiárido. “Nós estamos em um território muito rico e de grande importância a nível estadual e federal. Temos um potencial que deve ser aproveitado com um olhar direcionado à agricultura familiar, pois é ela que garante a comida na mesa do cidadão. Nós do Constesf, em conjunto com os 10 prefeitos, estaremos sempre buscando melhorias para o homem do campo, pois só nós que vivemos aqui sabemos das dificuldades que muitos agricultores enfrentam. Assim como firmamos esse convênio para a construção dessas cisternas, continuaremos trabalhando para que a gente se torne uma região em que os produtores tenham uma qualidade de vida digna”, frisou.
Uma das beneficiadas com cisterna de consumo humano, a agricultora Sônia Hélia Almeida, da comunidade de Marruá, na região do Salitre, se mostrou satisfeita com sua tecnologia. “Recebi uma cisterna que vai garantir água boa para beber e cozinhar. A dificuldade para ter água onde moro é grande e com a cisterna facilita muito, porque antes eu pegava água na casa de minha vizinha e agora ter a minha própria água é uma benção de Deus. Agora é só esperar a chuva”, disse.
“A equipe foi e fez a cisterna bem rápido e entregou direitinho. Agora eu quero plantar hortaliças e verduras para minha família poder consumir. Graças a Deus que fomos beneficiados com essa cisterna que vai melhorar nossa vida na roça”, declarou Dona Maria Zilda Oliveira, da comunidade da Serra da Madeira, na região de Itamotinga. A aposentada foi contemplada com uma cisterna de enxurrada, com capacidade para armazenar até 52 mil litros de água para produzir.
Dentre as 150 tecnologias, foram entregues cisternas de consumo humano, cisternas de enxurrada e barreiros. De acordo com o coordenador geral de campo, Mauro Macêdo, a segunda etapa já está em andamento. “Nós estamos concluindo essa primeira etapa que entrega hoje cerca de 150 benefícios às famílias, mas também já estamos construindo as tecnologias da segunda etapa do projeto. Nessa segunda fase serão entregues 29 cisternas de enxurrada para pequena produção, 111 cisternas para consumo humano e 56 barreiros”, informou.
O Projeto Cisternas tem o objetivo de garantir às famílias do Território o acesso à água no período de estiagem, através da captação e armazenamento de água nos períodos de chuva. A meta é universalizar o acesso à água de qualidade em todo o Território do São Francisco, formado por 10 municípios. As cisternas de consumo humano têm capacidade para armazenar até 16 mil litros de água, as de produção agrícola armazenam até 52 mil litros e os barreiros trincheira, para utilização agrícola e pecuária, possui capacidade de armazenar até 500 mil litros de água.
