Por Emaísa Lima
Foi durante as assembleias realizadas, em todo o país, que a maioria dos bancários decidiu pelo fim da paralisação da greve que acontece desde 30 de setembro. Em nota divulgada no site do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a grande maioria das reuniões aprovou a nova proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Na prática os trabalhadores dos bancos privados decidiram finalizar a greve. Porém, em alguns estados, os bancários de bancos públicos optaram por continuar a paralisação. É o que explica o diretor da Federação dos Bancários Bahia e Sergipe e membro da Comissão Nacional de Negociação do Banco do Nordeste (BNB), Waldenir Britto. “A assembleia realizada era para decidir se aceitaríamos a proposta ou não. Na assembleia em Salvador o sindicato do estado, na Bahia nós temos vários sindicatos e temos um aqui em Juazeiro, mas é na assembleia realizada em Salvador que recebemos as orientações. E nesta que aconteceu ficou decidido que o Banco do Brasil encerraria a greve, e o BNB e a Caixa, no entanto, continuariam em greve. Falando pelo BNB nossa posição é de continuar a greve não só na Bahia mas em vários outros estados.”
Proposta
A Fenaban propõe reajuste dos salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%), o piso salarial em 9% (2,49% acima da inflação) e o vale-refeição em 12,2%, além de contemplar outros avanços não econômicos, como mecanismos de combate às metas abusivas e o assédio moral. Tal proposta foi aceita pela maior parte dos sindicatos e alguns já voltaram ao trabalho nesta terça-feira (7).
Ainda segundo a Contraf, as propostas do Banco do Brasil foram rejeitadas em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima. Já as propostas da Caixa Econômica Federal foram rejeitadas em Florianópolis, Bahia, Piauí, Amapá e Roraima. A greve também continua no Banco do Nordeste e no Banco da Amazônia. Tocantins também segue em greve. Trabalhadores dos bancos que tiveram as propostas rejeitadas realizarão novas assembleias, segundo o sindicato.
Com os novos reajustes, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação.