A polícia de Pernambuco iniciou buscas, na manhã deste sábado (21), por corpos de possíveis vítimas do trio suspeito de assassinatos e canibalismo. Policiais da Delegacia de Homicídios de Olinda, do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Coordenação de Operações e Serviços Especiais (Core) levaram os suspeitos até a Rua A, na quinta etapa de Rio Doce, em Olinda, nas proximidades da casa onde eles moraram em 2008.
O homem de 50 anos e duas mulheres, de 51 e de 21, foram presos no dia 11 de abril na casa em que moravam, no município de Garanhuns, no Agreste. No local, foram encontrados os corpos de duas mulheres enterrados. De acordo com as investigações, eles atraíam as vítimas com falsas promessas de emprego, em vários locais onde moraram.
Neste sábado, a ação começou por volta das 7h. Policiais levaram uma equipe de serviços gerais para escavar o terreno. Durante boa parte da manhã, os acusados entraram e saíram dos carros várias vezes, para apontar locais para a polícia escavar.
As buscas se concentram em outras duas cidades, além de Olinda. Em Garanhuns foram encontrados os primeiros corpos, de duas mulheres. E no Conde, na Paraíba, as escavações começam na próxima semana.
O diretor de operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, esteve no local, coordenando os trabalhos. Segundo Morais, aproximadamente 50 homens participam da operação. “Há indícios [de que há corpos no local]. Estamos em diligências esperando a perícia do IC [Instituto de Criminalística, para onde foi enviado o material encontrado]”, afirmou.
Entenda o caso
Além das duas mulheres, cujos corpos foram localizados no último dia 11 de abril em Garanhuns, enterrados na casa onde o trio morava, a polícia investiga outros seis homicídios atribuídos ao grupo, sendo um deles na Paraíba e o restante em Pernambuco. Já se sabe que um dos assassinatos teria acontecido em 2008, em Olinda.
A vítima seria a mãe da menina de cinco anos que vivia com o trio. A paternidade da criança também está sob investigação, pois duas certidões foram encontradas, com nomes de pais e avós diferentes. O teste de DNA deve ser concluído até o fim deste mês.
Os detalhes dos outros crimes não foram revelados para não atrapalhar a apuração dos fatos. Sabe-se que a polícia já tem os pré-nomes das vítimas. Os suspeitos estão detidos em unidades prisionais no Estado não divulgadas.