O Nordeste é a região com a segunda maior população brasileira e mesmo assim é responsável por apenas 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Buscando analisar esse cenário, foi realizado na última quinta-feira (27), no auditório do SENAI em Petrolina, o sétimo ‘Roadshow Investimento e Desenvolvimento do Nordeste’, evento técnico promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Associação Nordeste Forte e Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e que reuniu autoridades e empresários especializados em desenvolvimento econômico, incentivos fiscais e promoção às exportações.
Já no começo do encontro foi possível identificar alguns fatores, que, segundo o superintende da Sudene, Marcelo Neves, são “entreves para o desenvolvimento nordestino”. A região tem 16,1% do analfabetismo brasileiro, quase 50% de empregos não registrados e 81% das pessoas mais pobres do país. “Não tenho dúvidas que tudo isso impacta na nossa produtividade”, disse ele, que lembrou a finalidade da Sudene.
“O Nordeste precisa de incentivos públicos diferenciados, uma política e um olhar federal diferenciados e necessita de um instrumento que garanta isso. É a Sudene que busca executar esses instrumentos a partir de ações orçamentárias, investimentos e incentivos”, ressaltou Neves.
Para o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, os inventivos fiscais dos estados e União são “extremamente relevantes para o desenvolvimento do Nordeste”. “Foram os investimentos que deram incentivos para nossa região sair da condição de exportadora de pau-de-arara para produtora agrícola, industrial e de bens e serviços”. Essinger ainda salientou. “Só que ainda precisamos cobrar de nossa classe política um engajamento maior para evitarmos que o desenvolvimento do Nordeste esbarre na burocracia, nos fazendo voltar ao que era há 50 anos”.




