A participação da energia eólica na matriz energética brasileira deve atingir 11% nos próximos dez anos. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, esta é a perspectiva com que o governo federal está trabalhando. Ele acrescentou que, atualmente, este é o tipo de energia que mais vai crescer no período depois da hídrica e que a produção no Brasil já ultrapassou a da energia nuclear.
Em agosto, a fonte eólica atingiu a capacidade instalada de 5 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer, na média, cerca de 4 milhões de residências ou 12 milhões de pessoas, o que corresponde a uma cidade do tamanho de São Paulo.
O presidente da EPE deu as declarações ao participar da abertura do 5º Brazil Windpower, promovido anualmente pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (Gwec) e pelo Grupo CanalEnergia. O encontro reúne representantes das principais empresas da cadeia produtiva da indústria de energia eólica.
Tolmasquim também informou que o leilão de energia de reserva de 2014, que vai ocorrer no dia 31 de outubro, tem registrado um grande interesse e atingiu mais de mil inscritos. Ele destacou que embora ainda não tenha terminado o processo de habilitação técnica, deve haver um número razoável de usinas habilitadas. “Como os preços-teto são bastante atrativos nos três produtos, tanto no hídrico, como no térmico e eólico/solar, acredito que vai ter muito interessado em participar. As perspectivas são muito boas”, informou destacando que o leilão vai ser competitivo com diferentes tipos de tecnologia e de combustível.
Ainda na abertura a presidenta da ABEEólica, Elbia Melo, disse que o setor está muito otimista neste momento. “Ano passado nós já estávamos muito felizes porque havíamos participado de um leilão de reserva e tínhamos boas sinalizações de contratação. Terminamos o ano de 2013 com resultado surpreendente, muito acima da melhor expectativa” disse. Segundo a presidenta, a perspectiva de contratação para o ano que vem, é boa porque o setor está em um processo de desenvolvimento.
Agência Brasil