Petrolina terá a primeira Usina de Energia Heliotérmica da América Latina
Petrolina receberá uma Usina de Energia Heliotérmica, e para discutir a implantação do projeto, o diretor-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Gleidson Castro, e a equipe do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) se reuniram na tarde desta quinta-feira (25), no prédio da Amma. A Usina será a primeira na América Latina e terá capacidade para gerar 1 megawatt de energia por meio da transformação térmica dos raios solares.
O empreendimento, ligado à geração de energia limpa, pretende gerar e realizar pesquisas em energia heliotérmica. “A construção da heliotérmica tem como objetivo inicial o estudo e desenvolvimento de novas tecnologias, além da certificação de equipamentos e da formação de mão de obra qualificada; trabalhando na diversificação da matriz energética de Pernambuco consolidando o setor de geração de energia limpa no estado. A usina ainda possui como meta, a redução dos impactos ambientais gerados pelas fontes de energia utilizadas atualmente”, explica Castro.
Na ocasião, também, foi pautada a obtenção da licença ambiental do projeto. “A Amma vai orientar e esclarecer todas as dúvidas sobre o licenciamento ambiental para a implantação da Usina”, afirma Castro.
A plataforma experimental será implantada no Projeto de Irrigação Pontal Sul, terreno cedido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A obra terá um custo estimado em R$ 27,5 milhões e contará com tecnologia de cilindros parabólicos que produzem energia elétrica a partir da conversão da energia solar em calor com alta temperatura, utilizando diferentes arranjos de espelhos que concentram a irradiação solar direta.
Esse é o segundo projeto de energia limpa elaborado para Petrolina. No final de 2012 a Prefeitura Municipal entregou a licença prévia de instalação da Usina de Energia Solar para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que gerará 3 magawatts e realizará pesquisas na área. A cidade foi escolhida para essas modalidades de energia, devido a grande incidência de radiação solar, a baixa precipitação e a posição estratégica que favorece a infraestrutura científica e tecnológicas das usinas.
O funcionamento é similar a uma termelétrica, a diferença é que a matéria-prima usada para alimentar as turbinas é gerada pela radiação solar. São utilizados concentradores solares que potencializam o calor da radiação solar e a partir daí, o calor gera vapor de água nas caldeiras que movimentam o gerador, que fabrica a energia. No País, já existem unidades de usinas que usam placas fotovoltaicas para transformar a radiação solar em energia.