Em Juazeiro um entregador de gás fez uma queixa ao Ministério Público contra policiais civis. Ele diz que foi agredido após testemunhar um acidente.
Segundo José Mairton da Silva, no dia 29 de julho ele passava pela Avenida Irmã Dulce quando um rapaz bateu o veículo no qual estava em um carro da polícia. Ele achou o homem parecido com um primo seu e se aproximou da situação, quando policiais o abordaram. “Um policial mandou eu me retirar, mas quando eu estava andando ele mandou eu parar e me identificar. Peguei a carteira para tirar os documentos e ele agarrou e disse que ia me levar para o Complexo. Ele deu um murro e caí, outro veio me espancando…”, afirma Mairton.
O entregador afirma ainda que depois da primeira agressão na rua, foi colocado em uma viatura e levado ao Complexo Policial, onde teria sofrido novas agressões de outros policiais.
“Mandaram eu descer do carro, queriam me algemar, eu disse que não tinha necessidade, mas me algemaram, chamaram de bandido e traficante. Me chutaram, deram soco e me liberaram na madrugada do dia seguinte”, completa.
O delegado regional de Juazeiro apura as agressões que teriam sido praticadas por policiais, mas conta que o relato dos envolvidos contesta a versão da vitima. “A gente ouviu preliminarmente os policiais. Na versão deles, essa outra pessoa estaria completamente embriagada e teria inclusive passado a desacatar os policiais, usando termos chulos e por essa razão inclusive foi contida no local e trazida para a delegacia, onde chegou a agredir também dois policiais”, afirma Fábio Cândido Araújo, delegado regional.
O caso foi registrado no Ministério Público e na segunda-feira (5) Mairton compareceu para prestar depoimento. Ele aguarda o contato de um promotor de Justiça para dar andamento ao processo.
Segundo o delegado, se for constatada a conduta irregular por parte dos policiais, eles podem ser punidos. “Se o fato for considerado criminoso, ele responde a inquérito policial. O fato instituindo infração administrativa, ele vai responder a um procedimento administrativo, cuja pena varia desde repreensão simples a demissão”, explica o delegado.