Mais de duas mil mudas de espécies da Caatinga foram doadas à população somente neste primeiro semestre, pela Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). O que pouca gente sabe, no entanto, é que por trás da produção destas mudas há um trabalho complexo de coleta de sementes, desenvolvido por uma equipe específica do órgão ambiental.
O trabalho é desenvolvido tanto nas Unidades de Conservação da Caatinga (UCCA´s), quanto em outras áreas rurais do município. A proposta da equipe é sempre buscar sementes de espécies nativas, a exemplo de Caraibeira, Mulungu, Ipê, dentre outras; que possam se adaptar bem à área urbana. Plantas que sejam úteis tanto para calçadas domiciliares, quanto para logradouros públicos, a exemplo de praças.
Alguns cuidados são verificados durante a coleta, tudo para garantir que a semente possa se desenvolver adequadamente. Para isso, é importante observar o período de floração das espécies, a escolha de uma boa matriz, envergadura do tronco, dentre ouros itens. Esses aspectos não devem ser negligenciados, porque são determinantes para adaptação das espécies na zona urbana.
Após o trabalho de coleta, as sementes são encaminhadas até o Viveiro Municipal, situado na escola Miguel Arraes, no bairro Henrique Leite. No local, é feita uma triagem e as sementes são preparadas para o plantio. Antes de ficarem prontas para as doações, as espécies recebem todo tratamento para que fiquem em condições de apresentar um bom desenvolvimento.
A equipe de coleta tem conseguido resgatar várias espécies da Caatinga, com destaque para os vários tipos de Ipês encontrados na região.
Quem tiver interesse em obter as mudas, pode entrar em contato com a AMMA, através de ofício. O Viveiro municipal dispõe de capacidade para produzir até dez mil mudas.
“Trata-se, originalmente, do desenvolvimento sustentável. Coordenamos e mantemos um trabalho de preservação em dez propriedades rurais da cidade, assim, além de dispormos de uma vasta área de forma natural, conseguimos coletar sementes de plantas nativas e propaga-las pela cidade”, enfatiza a gestora da AMMA, Denise Lima.
Texto: ASCOM AMMA/PMP