Duas estudantes de Petrolina e Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, que estudam medicina e moram em Cochabamba, na Bolívia, buscaram ajuda do Consulado do Brasil para voltarem ao país. Elas alegam que as aulas da universidade foram suspensas e estão impedidas de sair de casa desde que as eleições do país foram realizadas.
“Infelizmente está passando por conflito desde o dia das eleições, no dia 20 de outubro. Estamos presas em casa, não podemos sair para a rua, não estamos podendo fazer feira de mercado, não estamos tendo aula porque está muito perigoso para sair para a rua. Entramos em contato com o Consulado Brasileiro para ver o que poderia ser feito por quem está vivendo aqui, mas infelizmente a resposta que tivemos é que no momento eles não podem fazer nada”, lamentou a estudante Ápia Ferraz.
Devido aos conflitos, as estudantes enfrentam dificuldades para comprar alimentos.
“A Bolívia está passando por um problema sério cívico e questões eleitorais. Está tudo fechado, a gente tem comida restrita. Eu mesma tenho comida até hoje. Meus vizinhos bolivianos estão me adotando, me acolhendo. A universidade não se pronuncia com nada, está tudo fechado, tudo complicado, a gente só dentro de casa. A cada dia as coisas pioram aqui, o Consulado Brasileiro não se pronuncia com nada e estamos aqui nessa loucura doida para ir embora”, relatou Camila Monteiro.
Até a publicação desta matéria, o Itamaraty não se pronunciou sobre as medidas para auxiliar os brasileiros que estão na Bolívia.
G1