O ex-prefeito Júlio Lossio usou as redes sociais no final da noite desta quinta-feira (18) para criticar fortemente o Governo do Estado e a prefeitura de Petrolina na condução da Covid-19 no município.
Júlio disse que a estratégia utilizada no enfrentamento ao vírus foi uma “grande trapalhada”. Segundo ele, Miguel Coelho agiu por má fé ou incompetência quando resolveu seguir o decreto estadual ainda lá no início de março, quando os casos cresciam na região metropolitana do Recife e o governo resolveu fechar o comércio em todo estado.
Ainda de acordo com ex-prefeito, Miguel concordava naquela época, que precisaria seguir os decretos do Estado e hoje mudou de opinião, quando busca autonomia na crise sanitária: “Teve muito prefeito decretando estado de calamidade, decretando lockdown, bem antes do necessário para receber os recursos do Ministério da Saúde e do Governo Federal no combate ao coronavírus” disse Júlio que ainda completou: “O Estado de Pernambuco jamais poderia ter sido tratado de forma única. Quando lá as UTI’s já estavam saturadas, aqui ainda tínhamos a notícia da chegada do coronavírus. Portanto, teria sido muito importante se tivéssemos aguardado um pouco mais [para fechar o comércio]” disse ele.
O ex-prefeito ainda disse que em todo lugar do mundo, o período de sacrifício com o fechamento do comércio e o isolamento social, dura de dois a três meses e segundo ele, o que foi feito em Petrolina pela prefeitura e o governo do Estado, foi um “verdadeiro crime”: “Ficamos março, abril e maio fechados com nossas UTI’s vazias e no dia 01 de junho, o prefeito resolve fazer um decreto de reabertura, imitando a região metropolitana, e infelizmente Petrolina fechou 3 meses antes do tempo. Agora é que deveríamos estar discutindo o fechamento” comentou.
Ainda no vídeo, Júlio comentou um dado alarmante. Petrolina acaba de atingir 100% de suas vagas de UTI: “Acabei de receber esse dado, isso quer dizer que logo poderemos ter fila para UTI e tudo isso por um ato irresponsável que sufocou por três meses nossa economia e que agora o Ministério Público acabou entrando com uma ação, que tem fundamento, baseados nos números de leitos. Portanto, tanto governo do Estado, quanto o governo de Petrolina agiram de maneira irresponsável” finalizou.
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