Imagens para refletir sobre a diversidade, discutir questões de gênero, combater a opressão, dar visibilidade a uma causa e questionar modelos impostos socialmente. É o que propõe a exposição “#QueriaEstarMorta – Sobre melancolia a estágios depressivos em comum ligados à condição de um gênero feminino”, da fotógrafa e socióloga Tainã Aynoã Barros. A abertura acontece hoje (21), às 18h, no Hall da Reitoria da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE).
Com classificação indicativa para maiores de 14 anos, a mostra é aberta a toda a comunidade gratuitamente. A exposição é composta por 21 fotografias em preto e branco, feitas em estúdio e ambientes externos e permanecerá no Hall da Reitoria até 13 de agosto. #QueriaEstarMorta é uma realização da Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (Proex).
O título da exposição vem acompanhado de hashtag (#) porque, segundo Tainã, esse é um bordão muito utilizado na internet por pessoas dentro da condição de identidades de gênero feminino. Quando se encontram padecendo de algum estágio depressivo/melancólico em decorrência das opressões cotidianas, usam a expressão #QueriaEstarMorta.
“A expressão é o peso de uma espécie de ressaca existencial figurativamente falando, que muitas de nós, mulheres cis, trans, homens trans, e andróginos frequentemente carregamos por nos impormos, nos lançarmos no mundo e nos fazermos vistos”, afirmou. A artista explica que a escolha do tema ocorre devido a algumas de suas experiências de vida.
Egressa da primeira turma do curso de Ciências Sociais da Univasf, a petrolinense Tainã Aynoã dos Santos Barros atualmente mora no Recife, onde cursa mestrado em Antropologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e estuda gênero, poder e feminismo. Sua identificação e criação artística por meio da fotografia começaram com um projeto fotográfico independente no Instagram, chamado “Velma viu a vida – Narrativas imagéticas fortemente influenciadas por um olhar antropológico, feita por um eu melancólico, feminino e inquieto”, que trata de um personagem feminino fazendo registros do seu cotidiano.
Fonte: ASCOM UNIVASF