No último sábado (08), um público variado pôde curtir uma festa realizada pelo colunista social Roni Figueiredo, no clube Espaço Paraíso, em Petrolina. Intitulada “A Cara da Riqueza”, a festa contou com um ambiente bem decorado, efeitos luminosos, música eletrônica, performances e até a presença de famosos, como a ex-BBB Anamara . A balada chama a atenção para uma positiva realidade atual no cenário de Petrolina: o crescente aumento de festas para o público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais).
Com uma periodicidade quase que semanal, diferentes equipes da região se encarregam de produzir uma festa temática para o público gay, sempre com um nome atrativo e diferente. Os clubes Espaço Paraíso e a Palhoça são os locais mais frequentes onde as festas ocorrem. A divulgação acontece basicamente nas redes sociais. Quem usa Orkut ou Facebook está mais apto a receber os convites virtuais que são produzidos pelos organizadores de eventos.
Mas se engana quem pensa que o público da festa se limita ao grupo GLBT. Diversas pessoas que se definem como heterossexuais também se agregam ao espaço, tanto para curtir a festa como para dar valor ao movimento. É o caso de Roberta Costa, considerada Rainha e Madrinha da segunda Parada da Diversidade Sexual de Petrolina, ocorrida no mês de setembro.
“Eu sou heterossexual e assim como eu, várias famílias, com filhos e tudo mais, estiveram lá, abraçaram a causa, e nós estamos aí para defender qualquer direito do cidadão, seja ele hétero, homo ou o que for. E o público gay também tem direito à diversão”, defende Roberta Costa.
Mais receptividade ao público gay
A ex-BBB Anamara, que também se define como heterossexual, diz que a animação do público nesses eventos é singular e ressaltou que a região está cada vez mais receptiva aos eventos voltados ao público GLBT.
“A cada ano que passa o preconceito vai ficando de lado e as pessoas vão ficando com a cabeça mais aberta. O ‘Não à Homofobia’ tem gritado bastante”, afirma Anamara, ratificando que se organizasse eventos, com toda certeza investiria na região para este tipo de público.
O produtor de “A Cara da Riqueza”, Roni Figueiredo, aponta que o mercado de entretenimento regional ainda oferece poucas opções para a classe gay e afirma encontrar dificuldades para organizar um evento de qualidade.
“Hoje o público está mais exigente. As falhas não são permitidas. Tivemos um pequeno problema no som, que já foi resolvido, mas todos caíram em cima. É preciso ter muita responsabilidade na hora de fazer um evento desses”, argumenta Roni.
Por Ricardo Alves