O Afoxé Filhos de Gandhy realiza na terça-feira (18) uma missa comemorativa pelos 65 anos de história do bloco. A celebração começa às 10h e será realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Largo do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.
Após a missa, será oferecido um almoço para convidados, imprensa e contribuintes da Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy na sede do afoxé, também localizado no Pelourinho.
História
No ano de 1949 um grupo de amigos que trabalhava como estivadores do porto de Salvador decidiu colocar um bloco carnavalesco para desfilar nas ruas da capital baiana, mesmo com os problemas políticos da época.
No primeiro dia, saíram apenas 36 participantes apesar de ter mais de 100 inscritos. Todos estavam apreensivos com a reação da polícia, pois o sindicato dos estivadores estava sob intervenção governamental.
Durval Marques da Silva, conhecido como “Vavá Madeira” sugeriu o nome Filhos de Gandhy ao bloco. Vavá explicou aos colegas a importância do líder hindu, Mahatma Gandhi, que havia sido assassinado em janeiro de 1948, um ano antes. Assim nascia o “Filhos de Gandhy” e em 1949 já desfilava pela primeira vez. Para evitar represálias, o fundador Almir Fialho sugeriu mudar a grafia do nome Gandi, inserindo as letras “dh” e trocou o “i” por “y”, ficando Gandhy.
Desde a época de sua fundação até os dias atuais, o Afoxé, pioneiro da paz e com estilo próprio não parou de crescer. O grupo é um dos Afoxés mais procurados por turistas e baianos. Artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil são presenças marcantes na folia do bloco.
G1