O ano de 2013 foi o ano em que o funk se tornou rentável para o sistema mainstream da música. As músicas “Louquinha”, de Dennis DJ (originalmente um funk, mas gravada como um híbrido pelos sertanejos João Lucas e Marcelo), e “Amor de Chocolate”, de Naldo Benny, foram respectivamente a primeira e a segunda colocadas no ranking das casas de diversões (as músicas da noite, as mais tocadas em boates, drinquerias e clubes) do ranking do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad), em prévia divulgada nesta quinta-feira (9).
“Loooooouca, louquinha/ Dá uma empinadinha/ Dá uma agachadinha/ Você tá soltinha/ Qué isso, gatinha?”, diz a letra, um primor de elaboração formal que virou sucesso dos rala-buchos de periferia às academias de classe média alta. Anitta (com “Show das Poderosas”) ficou em 6º no ranking das casas de diversões e em 12º no ranking das rádios. MC Bola, com “Ela é Top”, ficou em 11º nas casas de diversões.
O sertanejo universitário continuou forte, ocupando lugares estratégicos em todas as listas – na área de música ao vivo, seis são do estilo. Destaque para “Flor” (Zé Henrique e Gabriel), “Camaro Amarelo” (Munhoz e Mariano), “Sinal Disfarçado” (Zé Ricardo e Tiago), “Gatinha Assanhada” (Gusttavo Lima) e “Vidro Fumê” (Bruno e Marrone).
Com “Esse Cara sou Eu”, lançada em novembro de 2012, Roberto Carlos continuou frequentando bem o dial das rádios (é o terceiro mais tocado nas rádios em geral, o primeiro nacional) e os shows ao vivo (5ª colocação). Mas Roberto não dominou nas casas de diversões.
Entre os internacionais, destacou-se nas rádios brasileiras o trio de house sueco Swedish House Mafia, em segundo lugar geral no dial AM e FM com o hit “Dont You Worry, Child” – o folk singer Jason Mraz ficou na ponta do ranking, com o “93 Million Miles”. O indefectível Calvin Harris, com “Feel So Close” e “We Found Love”, dominou nas casas de diversões.
Um hit indie, “I Follow Rivers”, da sueca Lykke Li, é a surpresa das rádios. E o americano Bruno Mars segue sendo o hitmaker mais presente da década.
Agência Estado