O preto e branco do Atlético Mineiro vai representar o Brasil no Mundial de Clubes a partir de hoje. Em busca do título inédito, o Galo estreia às 16h30 contra o Raja Casablanca. A semifinal será disputada no Grand Stade, em Marrakesh, no Marrocos. Os canais Band, Sportv e Fox Sports transmitem. Quem vencer joga a final contra o Bayern de Munique, que se classificou ontem ao vencer o Guangzhou Evergrande, da China, por 3×0.
Craque do elenco atleticano, o meia Ronaldinho Gaúcho adota um discurso modesto e descarta ser o protagonista do time no torneio. “Nada de protagonista. Quero jogar a minha bola e conquistar o título”, disse Ronaldinho durante a entrevista coletiva.
Ele também foi comedido ao rebater as provocações de Vivien Mabide, jogador do time marroquino que disse não ter motivos para temer Ronaldinho, pois o meia já não seria mais o mesmo dos tempos do Barcelona. “Lógico que não sou mais o Ronaldo do Barcelona. Sou o Ronaldo do Atlético. Minha qualidade vem dando alegrias a torcedores do Atlético. Se falar fosse bom… Vamos jogar”, rebateu.
O camisa 10 do Atlético-MG garantiu também que está recuperado das dores musculares e da contusão que sofreu em setembro, quando rompeu um músculo da coxa esquerda e ficou em tratamento por mais de dois meses. No retorno aos gramados, marcou os dois gols do empate do Galo com o Vitória na última rodada do Brasileirão, dia 8. “Não sinto incômodo. A recuperação foi muito boa. Espero junto com os companheiros fazer uma grande partida”.
Ronaldinho também garantiu que o clube está focado apenas no Mundial de Clubes. Ele afirmou que a proposta recebida pelo técnico Cuca do futebol chinês não vai interferir no desempenho do time. “Nem precisamos falar muito. Todos estão focados no jogo. A gente não toca em outro assunto que não seja nesses dois jogos”, disse. “Ele está tendo o trabalho reconhecido e muito bem reconhecido. A gente espera que futuramente boas coisas aconteçam. Não apenas com ele, mas para o restante do elenco”, completou.
No domingo, Cuca afirmou que a proposta é “daquelas difíceis de não aceitar” e vai conversar com a diretoria após a competição. Agora, o pensamento é só no Raja e na possível final contra o Bayern. “A vontade de todos é ser campeão. Temos que transferir toda a vontade para o campo”, comenta Cuca.
Escalação
O Galo está definido com Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Lucas Cândido; Pierre, Josué, Diego Tardelli, Ronaldinho e Fernandinho; Jô. Ontem, o elenco treinou pênaltis.
Mala extraviada: auxiliar de Cuca perde as anotações sobre o Raja Casablanca
O Galo tem poucas informações sobre o Raja Casablanca, adversário de hoje na semifinal. E o motivo é, no mínimo, curioso. Na viagem do Brasil para o Marrocos, foi extraviada a bagagem de Cuquinha, irmão e auxiliar de Cuca e principal responsável por analisar os demais participantes do torneio. E, dentro da mala, estavam as anotações sobre o Raja. O elenco atleticano já está no Marrocos há uma semana, e a mala ainda não foi encontrada. Os DVDs e o tablet contendo observações sobre o Bayern foram na bagagem de mão e estão a salvo.
Marrocos em Minas: Jogo será transmitido em três telões no estádio Independência
O Atlético-MG instalou três telões no estádio Independência, em Belo Horizonte, para a torcida acompanhar o confronto contra o Raja Casablanca. Para ganhar o ingresso, o torcedor atleticano terá que comprar o DVD “Contra o Vento” (R$ 30), que conta a trajetória do Atlético na Copa Libertadores da América, competição que deu ao Galo a vaga no Mundial de Clubes. O evento terá a participação dos DJ’s Carlos Kroef e Gustavo Peluzzo. Torcedor com camisa de outro time não entra.
Marcação x Talento: Jô alerta que adversário sabe marcar; Tardelli espera decidir no talento
O atacante Jô elogiou a forte marcação do Raja Casablanca. “A marcação é o ponto mais forte deles. Eles se defenderam bem (contra o Monterrey) e fizeram os gols no contra-ataque”. A vitória sobre o favorito Monterrey por 2×1 foi a segunda do Raja no torneio. Antes, derrotou o Auckland City, da Nova Zelândia, pelo mesmo placar. Tardelli diz que o Atlético tem que tirar proveito do talento individual. “É uma equipe que joga fechada, fica com a bola e dificilmente dá chutão. Vamos ter que usar a qualidade de cada um para tentar furar a retranca”.
Correio
