Os gastos com publicidade no Ministério da Saúde aumentaram, desde o início da gestão de Alexandre Padilha, que deixa a pasta para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT. Em 2013, R$ 232 milhões foram pagos em propaganda, crescimento de 19,7% acima da inflação sobre os valores de 2012, que já haviam crescido 18,6% sobre 2011. O último registro de uma taxa de aumento expressivo aconteceu no ano eleitoral de 2006, quando os montantes envolvidos eram bem menores do que os atuais. A maior parte dos gastos com publicidade da Saúde são classificados como de utilidade pública. Campanhas de vacinação contra a paralisia infantil e as de prevenção de doenças como a Aids e a dengue são alguns exemplos.
Mas a classificação de despesa também inclui promoção de programas que estão entre as vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff e de Padilha, como o Saúde Não Tem Preço e o Mais Médicos. Os dois programas foram inseridos no pronunciamento que Padilha fez na TV, semana passada, sobre a vacina contra o HPV, o que gerou críticas da oposição. Segundo informações divulgadas pela Folha, O Mais Médicos liderou as verbas publicitárias de 2013, com R$ 36,9 milhões, seguido pela prevenção da dengue, que desembolsou R$ 33,2 milhões. O Saúde Não Tem Preço recebeu R$ 13,9 milhões.