A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto (SP) desenvolveu um gel feito a base de soja que promete combater o envelhecimento da pele, principalmente em mulheres na menopausa.
Um grupo de pesquisadores fermentou o grão e criou um extrato capaz de produzir colágeno, proteína gerada naturalmente pelo organismo que dá elasticidade e firmeza aos tecidos.
Embora não tenha sido aplicada diretamente em humanos, a substância teve eficácia comprovada nos testes em laboratório e sua produção já é discutida com empresas, afirma a pesquisadora e doutora em ciências farmacêuticas Bianca Stocco.
O cosmético é recomendado principalmente para mulheres a partir dos 45 anos, quando a produção de hormônios, e consequentemente de colágeno, cai, segundo ela.
“Se esse mercado enxergar o produto, eu com certeza compraria e usaria também. É um extrato que comprovou nos testes realizados aqui no laboratório que pode estimular a produção de colágeno”, diz.
Gel antienvelhecimento
O desenvolvimento do gel foi motivado por um problema na pele ligado ao envelhecimento feminino. Segundo Bianca, estudos mostram que as mulheres começam a perder colágeno a partir dos 30 anos, mas que o processo se acentua aos 45 anos.
A perda chega a 30% nos primeiros cinco anos após o início da menopausa, quando começa a cair no organismo a produção de estrógenos – hormônios femininos -, diz a pesquisadora.
A blogueira Tatiana Felício, de 41 anos, relata que, pouco depois de completar 39, procurou uma clínica de estética depois de sentir mudanças na pele. “Foi de repente. Um dia eu acordei e eu vi que estava precisando muito de um cuidado especial com a pele. Eu acho que uma flacidez, em senti um papo, bigode chinês, linhas de expressão bem mais acentuadas”, afirma.
O cosmético que promete resolver problemas como esses foi desenvolvido a partir do farelo da soja, fermentado com um fungo que possui enzimas que aumentam a concentração de isoflavonas, substâncias com função similar ao estrógeno.
“Pensamos em trabalhar com esse extrato rico nesses fitoestrógenos para investigar se seriam capazes de promover um aumento na produção de colágeno”, explica Bianca.
Fonte:G1



