O gerente do núcleo administrativo do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), em Pinhões, distrito de Juazeiro, Rubenilson Carvalho, em resposta à denúncia do produtor Nilo Ferreira da Silva, declarou ser falsa denúncias sobre o mal uso da água do Rio Curaçá pela Mineração Caraíba.
“O produtor relata que a Mineração retira, todos os dias, água do açude de Pinhões por meio de carros pipa e acaba coletando, em grande quantidade, a água que deveria ser utilizada pelos produtores da região, mas o que acontece é que a água é usada em estradas para diminuir a poeira no local, já que passam diariamente muitos caminhões naquele local. Mas isso é feito por uma questão de saúde pública, pois, algumas pessoas estavam adoecendo por conta da poeira”, justifica o gestor.
O agricultor teria afirmado na denúncia que a Fazenda Curacá, Quixabeirinha, Sítio Pereira, Lagoa do Padre, Quixaba e Palmeira não estão mais sendo abastecidas pela água do Rio Curaçá. Rubenilson contesta: “Animais não estão morrendo e os agricultores não estão tendo prejuízos. A água não chega a algumas comunidades há cerca de 20 anos por conta do assoreamento do Rio Curaçá e não por causa da retirada que é feita pela Mineração Caraíba. Além disso, foram perfurados poços artesianos em Lagoa da Padre, Curacá e Quixaba há cerca de um ano. O DNOCS tem dado suporte à Mineração por acreditar que isso é benéfico à população”.
O gestor esclarece ainda sobre novas providências que estão sendo tomadas com relação ao abastecimento d’água naquela região. “A água não foi liberada à toa, há um controle. A prioridade é o abastecimento local e a criação de animais. O Rio Curaçá está, atualmente, com cerca de 50% da sua capacidade total, inclusive acima da média para o período. Tudo está dentro dos parâmetros técnicos. Além disso, está sendo construída a adutora de Pinhões para atender no raio de 9km (do eixo da barragem até a fazenda Palmeira) para sanar ainda mais a carência de parte daquela população”, explica Carvalho.