A atriz Regina Duarte aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e vai assumir a Secretaria Especial de Cultura. Depois de uma reunião nesta segunda-feira (20/1) com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ela disse sim à oferta e começa o processo de adaptação e o início dos trabalhos a partir de quarta-feira (22/1).
Pelo Twitter, Bolsonaro confirmou o início do “relacionamento” entre o governo e a atriz. “Tivemos uma excelente conversa sobre o futuro da cultura no Brasil. Iniciamos um ‘noivado’ que, possivelmente, trará frutos ao país”, declarou. A mensagem foi publicada com uma foto. O presidente aparece ao lado direito de Duarte, posicionada ao centro da imagem. À sua esquerda está Ramos, o articulador político do governo.
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) também confirmou o convite. “Após conversa produtiva com o presidente Jair Bolsonaro, Regina Duarte estará em Brasília na próxima quarta-feira, para conhecer a Secretaria Especial de Cultura do governo federal. ‘Estamos noivando’, disse a artista, após o encontro ocorrido nesta tarde, no Rio de Janeiro”, informou.
A atriz substitui o agora ex-secretário e dramaturgo Roberto Alvim. Ele foi demitido após interpretar o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels em um vídeo institucional, ao anunciar, no exercício da função, um programa do governo voltado para a premiação de artistas.
O objetivo da atriz é “pacificar” o relacionamento entre os artistas e o governo federal. Ao longo da gestão, ocorreram momentos de atritos e protestos entre o Executivo e a categoria artística. “Quero que seja uma gestão para pacificar a relação da classe com o governo. Sou apoiadora deste governo desde sempre e defendo a classe artística desde os 14 anos”, disse Regina Duarte à Folha de S.Paulo. A atriz ganhou o apelido de “Namoradinha do Brasil” quando fez a telenovela Minha doce namorada, em 1971, interpretando a orfã Patrícia, na TV Globo.