O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, considera de grande importância a participação da sociedade civil na elaboração de ações e políticas de combate à seca e convivência com o semiárido. Ao presidir a segunda reunião anual do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), quando a seu convite o secretário da Casa Civil, Rui Costa, apresentou as medidas emergenciais e estruturantes que o governo da Bahia está fazendo para combater os danos causados pela estiagem, Salles afirmou que “discutir a questão e ouvir as pessoas que vivem o drama da seca de perto, é uma grande oportunidade para orientar a construção de políticas públicas”.
A apresentação do secretário Rui Costa foi feita a 11 instituições da sociedade civil que representam os mais de 665 mil agricultores familiares do Estado. Entre as ações apresentadas, está a liberação de recursos para aplicação nas áreas críticas. São R$20 milhões para serem empregados nos municípios baianos; distribuição gratuita de alimentos nas regiões mais atingidas; implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para consumo humano, com a perfuração de quase 30 mil cisternas; instalação de poços salinizados para provimento animal, além da compra de máquinas e equipamentos e a contratação de carros-pipa.
O superintendente da Agricultura Familiar da Seagri (Suaf), Wilson Dias, explicou que os fóruns do conselho, que ocorrem periodicamente durante todo o ano, tratam de assuntos primordiais para o Estado. “Essa é a segunda reunião anual que trouxe o assunto mais urgente do momento. Sua base são as sugestões, mas tem também a parte técnica, com temas periféricos ao tema principal, nesse caso, a seca”, lembrou.
O representante da Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba), Gildeon Farias, afirmou que “essa é uma fase emergencial e tudo tem que ser feito muito rápido. Temos que seguir esse planejamento, com ações concretas, não apenas para combater a seca, mas para que possamos conviver com ela”.
Ascom Seagri