Para elaborar o I Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), o Governo da Bahia realizou, nesta quinta-feira (16) a segunda oficina de definição de atribuições e estratégias para que o Estado garanta acesso a uma alimentação saudável à população baiana.
A iniciativa é coordenada pela Casa Civil da Bahia e composta, também, pelas secretarias estaduais do Planejamento (Seplan), desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Agricultura (Seagri), Saúde (Sesab), Educação (Sec) e Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), além de outros órgãos governamentais.
As oficinas buscam unificar políticas intersetorias e investimentos em campos de produção, extração, abastecimento, comercialização e acesso aos alimentos. O Plano Estadual de SAN é o principal instrumento do Governo da Bahia para garantir aos baianos o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), a partir da articulação e integração de programas no campo da agricultura, saúde, educação, assistência social e outros.
A insegurança alimentar grave ainda faz parte da vida de mais de 8% da população baiana, segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros seis encontros serão realizados, até a formalização do Plano.
Segundo a coordenadora do Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional (GGSAN), vinculado à Casa Civil do Estado, Luíza Trabuco, o Plano potencializará os esforços do governo estadual nesta área, que, somadas às ações dos governos federal, municipais e de organizações sociais, já retiraram 1,3 milhão de baianos da ameaça da fome. “A necessidade do Plano se torna ainda mais evidente agora, que vivenciamos uma acelerada elevação no preço dos alimentos, comprometendo o acesso das pessoas a uma alimentação saudável. O desafio é articular ações que respondam às especificidades dos territórios, sobretudo do semiárido baiano, para criar condições sustentáveis de produção de alimentos e acesso definitivo das famílias a uma alimentação com qualidade”.
Representando a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) do governo federal, Michele Lessa participou da oficina. Ela apresentou como se deu a elaboração do Plano Nacional de SAN e destacou a importância de a Bahia ter iniciado este processo. “Ter um Plano Estadual de SAN é fundamental e estratégico para um estado como Bahia. É uma oportunidade de materializar a política de segurança alimentar, traçando metas, orçamento e definindo responsáveis”, ressaltou.
Também participaram da oficina, a representante da CAISAN de Pernambuco, Sônia Lucena, além de membros do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia (CONSEA-Ba) e do Instituto Regional da Agropecuária Apropriada (IRPAA).