A demora do governo em atender os pleitos já prometidos durante a votação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer emperrou de vez as negociações para a aprovação da reforma da Previdência. O governo vai fazer, agora, um último “pente-fino” para levantar as demandas específicas dos parlamentares e governadores. Com esse objetivo, o fim de semana de Temer será intenso.
Além de participar de um jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele está organizando um almoço para aliados no Alvorada. Para o jantar de amanhã, foram convidados os presidentes de pelo menos nove siglas. A pressão por cargos e mais recursos aumentou as dificuldades do governo em conseguir os 308 votos favoráveis para colocar a proposta em votação na Câmara até o fim deste ano.
O calendário curto é o principal adversário, e o objetivo é votar o texto “pelo menos” em primeiro turno até o dia 13 de dezembro. Sem garantia dos votos, Maia não incluiu a reforma na pauta de votações do plenário da próxima semana. Na quinta-feira, será feita uma avaliação final do quadro para a votação. É a última cartada do governo na tentativa de votar ainda em 2017 a versão mais enxuta. “O combinado é, depois do jantar, passar segunda, terça e quarta conversando em busca de votos e, na quinta, fazer uma avaliação para ver se há como pautar ainda este ano”, disse ao Estadão/Broadcast o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP).
Estadão Conteúdo
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