A Grécia vive nesta quarta-feira (1º) a sua segunda greve geral do ano em protesto pelos cortes promovidos pelo governo, em uma convocação feita pelos principais sindicatos, aproveitando que o feriado do Dia do Trabalho foi transferido para a próxima semana, a fim de coincidir com a Páscoa ortodoxa.
Está prevista uma manifestação na Praça de Klathmonos, no centro de Atenas, convocada pelos dois sindicatos majoritários, o ADEY, do setor público, e o GSEE, do privado.
Os transportes públicos estão desenvolvendo várias interrupções, mas não acontece uma paralisação total no trânsito, já que os ônibus decidiram funcionar entre 9h e 21h, somando-se à greve apenas no período noturno. Desta forma, o sindicato pretende facilitar a participação popular nas manifestações.
O metrô, o trem e os trólebus permanecem fora de operação até as 21h. Todo o transporte marítimo está paralisado desde a 0h, e as embarcações seguirão amarradas no porto até quinta-feira (2).
O tráfego aéreo segue a rotina e funciona normalmente.
A greve acontece apenas três dias depois de o Parlamento aprovar as novas medidas de austeridade estipuladas entre o governo dirigido pelo conservador Antonis Samaras e a troika formada por Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional.
Esse novo plano de ajuste, condição inexorável para receber a próxima parcela do resgate financeiro, contempla, entre outras medidas, a demissão de 14 mil funcionários públicos até o fim de 2014.
Além disso, inclui uma nova redução do salário mínimo, que passará de 580 euros para 490, no caso dos maiores de 25 anos, e para 427 euros, entre os mais novos.(G1)