Por Emerson Rocha/ Foto: Raryana Wenethya
Prefeitos dos dez municípios que integram o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (Constesf) aderiram à paralisação das atividades administrativas proposta pela União dos Municípios da Bahia (UPB), nesta sexta-feira (25), dentro do Movimento SOS Municípios. Em coletiva realizada no Grande Hotel de Juazeiro, os gestores das cidades de Canudos, Genaro Rabelo; Casa Nova, Wilson Cota; Curaçá, Carlinhos Brandão; Juazeiro, Isaac Carvalho; Pilão Arcado, João Ubiratan; Remanso, Celso Souza; Sento-Sé, Ednaldo Barros; Sobradinho, Luiz Vicente Berti; e Uauá, Olímpio Cardoso Filho, explicaram os motivos que os levaram a entrar no movimento. Por motivos de agenda, a prefeita de Campo Alegre de Lourdes, Delaneide Borges, não participou do evento.
A principal reinvindicação dos prefeitos é a aprovação da PEC 39/2013 que aumenta em 2% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Hoje não só os municípios do Sertão do São Francisco, mas da Bahia, fecham as portas em paralisação para demostrar que todos nós prefeitos temos uma responsabilidade muito grande. Nossa responsabilidade é cuidar de vidas, é cuidar da população. E para cuidar de vidas, nós temos que ter fortalecimento, temos que ter estrutura. Nós prefeitos do Vale do São Francisco paralisamos hoje em protesto pelo fortalecimento dos municípios do Brasil, da Bahia e da região Norte da Bahia”, apontou o prefeito de Sobradinho e presidente do Constesf, Luiz Vicente Berti.
De acordo com os prefeitos os municípios estão sofrendo com os baixos valores que são repassados. Segundo os manifestantes, de todo montante arrecadado pelo Governo Federal, 70% fica com a União, 22% com os Estados e 8% é destinado a todos os municípios. “Os municípios têm que deixar de andar com o pires na mão pedindo recurso para resolver os problemas do dia a dia, como saúde e educação. Nós precisamos ter esses recursos assegurados para garantir à população o dia a dia de suas atividades”, destacou o prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho.
O prefeito de Sento-Sé, Ednaldo Barros, disse que está em seu terceiro mandato como prefeito e que esse vem sendo o pior ano para manter a administração municipal. “Confesso a vocês que se soubesse que seria dessa forma, não sei se teria concorrido a eleição na minha cidade. O Governo Federal precisa olhar os municípios com mais carinho, mais respeito e mais atenção”, afirmou.
O prefeito de Casa Nova, Wilson Cota, defendeu que os recursos repassados aos municípios passem a ser desvinculado da arrecadação do Imposto Sobe Produtos Industrializados (IPI). “Nós temos que pleitear que esse dinheiro que vem para as prefeituras não venha do IPI. Porque quando diminui o IPI, o município recebe menos”, destacou Cota.
Além dos municípios da Bahia os municípios de Sergipe também aderiram à paralisação de ontem. Em Pernambuco, a manifestação está prevista para o dia 30 deste mês. Nos dia 12 de novembro e 10 de dezembro os prefeitos seguem em marcha para Brasília.
O que pensa cada Prefeito: