A greve nos aeroportos continua prevista para começar às 23h de amanhã (22), afirmam os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas. Caso não haja acordo entre os funcionários e as companhias aéreas, a paralisação deverá acontecer por tempo indeterminado.
Os trabalhadores reivindicam aumento de 8% nos salários, correspondente à reposição de inflação e ganhos de produtividade. As empresas concordaram em conceder 6%. Na tarde de quinta-feira (22), haverá uma assembleia entre os funcionários para que se estabeleçam os termos da greve.
Segundo um representante do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), não se descarta a possibilidade de haver um acordo ainda na quinta.
O Sna (Sindicato Nacional dos Aeronautas) informou que 20% dos funcionários estarão trabalhando, conforme estabelece a legislação. No total, serão 12 mil funcionários, se revezando em escalas. As empresas aéreas deverão escolher em quais voos e trajetos os funcionários disponíveis deverão trabalhar.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou estar acompanhando a negociação entre os trabalhadores e as companhias e acreditar “no bom senso entre as partes para que os passageiros não sejam prejudicados”.
Segundo a agência, será cobrada das empresas aéreas a execução dos planos de contingência elaborados para períodos de maior fluxo de passageiros, como neste final de ano. Também será intensificada a fiscalização das operações para que sejam mantidos os direitos dos passageiros e a segurança dos voos, disse a Anac.
Em Brasília, a Infraero (empresa que administra os aeroportos) informou que os voos pousam e decolam normalmente nesta quarta-feira.