O Ministério da Integração Nacional assinou, nesta quinta-feira (23/5), contrato de R$ 467,4 milhões com as empresas S.A. Paulista e Somague, para a realização das obras complementares do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A previsão é de que mais 1.500 trabalhadores sejam contratados para reforçar as atividades do Eixo Leste. “Este é um passo importante para a plena remobilização da obra do rio São Francisco.”, afirmou o ministro Fernando Bezerra Coelho.
Mais de 1,5 mil trabalhadores serão contratados para atuar na construção de canais e estações de bombeamento dos antigos lotes 9 e 13, pertencentes às metas 1 e 2 do Eixo Leste. A primeira ordem de serviço com as empresas vencedoras da licitação deste novo contrato será assinada nos próximos dias. “Esta etapa vai viabilizar 100 km de água no Eixo Leste no final de 2014. Acreditamos que, nos próximos 30 a 60 dias, já estaremos com as frentes de serviços mobilizadas e as obras retomadas ao longo dos 200 km de extensão do Eixo Leste”, acrescentou o ministro.
Os trechos das Metas 1L e 2L começam na captação do rio São Francisco, em Floresta (PE), e seguem até o Reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). Atualmente, a Meta 1L apresenta 74,7% de execução e a Meta 2L conta com 53,8%.
Para intensificar o ritmo das obras do Projeto São Francisco, o Ministério da Integração Nacional tem reforçado as frentes de trabalho. Nos últimos cinco meses, foram emitidas cinco ordens de serviço, sendo duas para o Eixo Norte e três para supervisão de obra nos dois eixos (Norte e Leste). Desde dezembro do ano passado, o empreendimento gerou mais de mil novos postos de trabalho. Ao todo, mais de 5 mil trabalhadores estão empregados no Projeto São Francisco. No Eixo Norte, as obras executadas em São José de Piranhas (PB), Salgueiro e Cabrobó (PE), trabalhadores atuam 24 horas por dia.
Mais investimentos – Além do Projeto São Francisco – a maior obra de infraestrutura hídrica do país – o Governo Federal, em parceria com os governos estaduais, financia outras centenas de empreendimentos que estão gerando soluções estruturantes para a falta d’água na região do semiárido. A cada R$ 1 investido na integração do rio São Francisco, outros R$ 2 são aplicados em obras estruturantes para garantir a segurança hídrica no Nordeste.
“Essa é uma obra que é mãe de muitas outras obras. A partir da transposição vamos realizar empreendimentos de infraestrutura hídrica muito importantes e relevantes como o Ramal do Agreste e Adutora do Agreste, que vão beneficiar mais de 60 cidades pernambucanas. Já iniciamos as obras das Vertentes Litorâneas, na Paraíba, e do Cinturão das Águas, no Ceará. Em setembro, vamos iniciar a obra do Ramal do Apodi, que vai ser mais um braço de água do São Francisco no Rio Grande do Norte.”, detalhou Bezerra Coelho.
Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos em infraestrutura hídrica mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 26 bilhões no PAC 2, nos eixos Oferta de Água, Seca, Irrigação, Drenagem e Revitalização. São obras estruturantes, como barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido brasileiro.