O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (21) que as investigações sobre o boato de que o Bolsa Família acabaria não podem afastar a possibilidade de “orquestração”. No fim de semana, rumores falsos sobre a suspensão de pagamentos do programa fizeram com que milhares de beneficiários procurassem agências da Caixa Econômica Federal para realizar saques, o que gerou tumulto e filas em 12 estados brasileiros.
“Tivemos a eclosão desse boato em vários locais diferentes do território nacional com uma velocidade espantosa, isto chama a atenção. Isto nos leva a buscar a investigação da forma mais séria possível. Nós não podemos afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração neste boato, sabe-se lá por que razão. Seria leviano da minha parte afirmar quem e qual seria a motivação desses rumores”, disse o ministro após participar de evento de assinatura de cooperação de segurança pública entre os estados de Goiás, de Minas Gerais e do Distrito Federal.
Para o ministro, os responsáveis pelos boatos, assim que identificados, “devem ser punidos rigorosamente”. A Polícia Federal foi acionada pelo governo para investigar o caso.
“É inaceitável que pessoas utilizem da boa fé do povo, disseminando pânico e situações desta natureza. A partir do momento que tenhamos provas de quem fez isso, que se aplique a pena com rigor”.
O ministro disse ainda que a Polícia Federal está investigando o caso “com absoluta prioridade”, mas que ainda é cedo para estipular prazos para a solução do problema. “Qualquer palpite sobre prazos seria um equívoco da minha parte. Uma investigação como esta pode ser muito complexa, portanto eu evito arriscar prazos”, completou.