Jaques Wagner diz que o PT vai liderar processo de sucessão estadual em 2014

Embora não tenha conseguido conquistar as prefeituras das duas maiores cidades do Estado, o governador diz que o resultado eleitoral foi positivo

Na expectativa de que 2013 seja melhor do que o ano que passou, o governador Jaques Wagner (PT) faz planos de avançar os projetos de infraestrutura do Estado e destaca que fará ajustes na administração estadual, logo no início de janeiro.

Nesta entrevista à Tribuna, o gestor do poder Executivo baiano diz que 2012 foi um dos anos mais difíceis por conta da seca considerada a mais grave das últimas décadas, da crise internacional e das greves dos policiais militares e professores, que desgastaram o governo. Wagner admitiu que o diálogo em relação à paralisação dos docentes da rede pública estadual foi mal conduzido e se penaliza por não ter tomado a frente do processo.

Embora não tenha conseguido conquistar as prefeituras das duas maiores cidades do Estado, o governador diz que o resultado eleitoral foi positivo, com a vitória da base em 350 municípios. Sobre a nova gestão de Salvador, ele enfatizou que não faz parte de seu estilo perseguir adversários e garante que manterá os projetos para a capital baiana, entre eles a execução do metrô linha 1 e 2, e das grandes avenidas, como a 29 de Março.

Ele aguarda a assinatura da transferência do metrô pelo novo prefeito ACM Neto (DEM). Em relação à costura para sucessão em 2014, Wagner reitera a legitimidade do PT em conduzir o processo, apesar de não obstruir a possibilidade de candidaturas da base. O governador coloca o senador Walter Pinheiro, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, e o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, como os nomes mais possíveis de viabilizarem a candidatura à sucessão e isola o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.

Tribuna – Qual a avaliação do senhor para 2012. Foi um ano difícil?

Jaques Wagner – 2012 para a Bahia e para o Brasil inteiro foi um ano muito duro, pois foi um ano em que a crise internacional repercutiu aqui, isso em termos genéricos para todos os Estados. Houve perdas de arrecadação e a crise internacional obrigou o governo federal a monitorar de perto toda essa questão das disputas de mercados e, em função disso, ela impôs uma série de reduções que impactam na receita dos estados e municípios. As medidas são corretas?, são. São necessárias?, são, pois com isso mantêm a competitividade de alguns setores que estavam mais ameaçados, mantêm o nível de emprego, e estamos com a menor taxa de emprego da história brasileira, frente a uma Europa cheia de problemas. Agora tem como consequência uma queda da arrecadação, uma arrecadação dividida. Portanto, nós tivemos uma frustração de receita no Estado da ordem de R$900 milhões daquilo que era o projetado, então você imagina que R$900 milhões são 3,5% e 4% do meu orçamento bruto. É muito dinheiro, e com isso fomos obrigados a fazer os apertos necessários para poder manter o controle macroeconômico que é fundamental e cumprir as nossas obrigações. Portanto, foi um ano duro sob o aspecto da economia, por isso o impacto disso é esse crescimento que ainda não se sabe, pois existe muita especulação e projeção. Nós vamos saber mesmo é em fevereiro quando sai o número revisado do IBGE, pois eles publicam um primeiro número e depois chegam novas informações, paulatinamente eles reconsideram. Só para registrar todos os países do mundo, seus bancos centrais, seus ministros tiveram que fazer correção de rumos nas expectativas, pois ninguém esperava que a crise da Europa tivesse a cronicidade que teve. A de 2008 e de 2009 foi aguda e essa permanece.

Tribuna – Há alguma ação específica que seja colocada como pauta prioritária para mudar esse cenário em 2013?

Jaques Wagne r- Não, porque algumas coisas dependem do cenário internacional. Se o cenário internacional permanecer deprimido, mesmo a China com crescimento abaixo, então a demanda por produtos por commodities cai, portanto não tem jeito. Como há uma depressão de mercado, todo mundo quer disputar o mercado. O mercado consumidor brasileiro é apetitoso porque é um mercado em crescimento que é o que tem sustentado a nossa economia, mesmo que o crescimento dê 1,5%. Ela fez o quê? Queda de juros. porque o curto dinheiro sendo menor é melhor. Para o Estado, a Federação é melhor porque ela arrola a dívida dela a um preço mais barato. Você tem um estoque de dívida que não sei nesse momento o quanto é e você arrolar a 12% é uma coisa e a 7,5% são 5% a menos. Então as medidas foram corretas, mas eu acho que era o caso de estudar, o governo federal, de que forma ela poderia compensar. Ela abriu um espaço fiscal, no caso da Bahia, de R$ 5 bilhões que supriu uma das minhas necessidades que é investimento. Por exemplo: eu terei e estamos buscando e já pegamos a primeira parte do empréstimo de R$1,4 bilhão e temos capacidade de tomar até R$5,3 bilhões. Só que esse dinheiro é carimbado para investimento. Portanto, é ótimo porque eu posso fazer estradas, vou investir R$600 milhões em segurança, melhorar delegacias, investir em presídios, fazer obras de infraestrutura, na área de água para o combate à seca, agora esse dinheiro não paga custeio. O custeio que eu falo é o dia a dia, é o pagamento de remédio, é gasolina, é telefone, é funcionalismo público.

Tribuna – Como avalia a infraestrutura do Estado?

Jaques Wagner -Tem muito projeto pronto e que vai começar a rodar agora. Tem que conseguir a licença e tem que ultrapassar dificuldades que são colocadas pelo Tribunal (TCE) que acha que isso ou aquilo não está certo. Mas eu cito a Fiol, que é a obra do século, junto ao Porto Sul. Vamos fazer o novo porto de Ilhéus, há um compromisso da presidenta Dilma de duplicar a 101, desde Mucuri a Feira de Santana. Nós já estamos construindo a nova torre do Aeroporto de Salvador, temos compromisso de construir a segunda pista, vamos melhorar o receptivo. A presidenta lançou hoje a previsão de investimentos para vários aeroportos da Bahia. Nós temos que fazer nessa modelagem o Porto Sul e a melhoria do Porto de Salvador. Melhoramos seis mil quilômetros de estradas. Agora nós não tínhamos projetos robustos, mas com a Ferrovia Oeste Leste entramos na malha ferroviária, a presidenta já se comprometeu a fazer a ferrovia Belo Horizonte–Salvador, ou seja, que é um pedaço da antiga FCA. Na área eólica e de energia, estamos crescendo bastante. Temos o gasoduto desde o Espirito Santo até Catu, portanto temos potencial para oferta de gás. Estamos com um grande estaleiro que será um grande empregador de mão de obra e construtor de plataformas para a Petrobras. Hoje temos uma visão muito clara de que é preciso melhorar a logística, agora isso é projetando para 2014 e 2015.

Tribuna – Já tem definição sobre os substitutos da Sedes, Sedur e de Relações Institucionais? Quem ocupará esses postos?

Jaques Wagner – Não tem nenhuma reforma administrativa, mas ajustes. Eu creio que isso deve acontecer em janeiro, o que tiver de acontecer, mas esse é um processo muito solitário que você tem que amadurecer na cabeça. Nem confirmo que todas essas áreas que você citou necessariamente passarão por mudanças. Repare que estou na segunda metade do segundo governo, faltando dois anos, de tempo útil mesmo de governo é menos, porque em julho (2014), os partidos todos já fizeram convenção. Portanto, ninguém vai poder chegar e inventar a roda. Quem chegar chega para tocar o que já foi planejado.

Tribuna – Mas existe alguma tendência de abrigar aqueles que não conseguiram êxito?

Jaques Wagner – Não é impossível, mas também não tenho nenhuma obrigação com isso. Posso chamar algum quadro que eu possa considerar bem, mas tem vários parceiros do projeto que ou terminaram o mandato e ou não conseguiram. Por exemplo, Moema e Caetano terminaram o mandato. Valmir de Amargosa, Orlandinho de Cruz das Almas e por aí vai. Alguns não conseguiram fazer sucessor, outros conseguiram e outros não conseguiram se reeleger.

Tribuna – No processo de sucessão do seu governo para 2014 aparecem três nomes que compõem a sua equipe e que são do PT. Qual tem mais chance de se viabilizar? O secretário Rui Costa é o seu favorito?

Jaques Wagner – Olha, todos os três têm possibilidades de se viabilizar. Obviamente não posso colocar aqui minhas preferências, se- não vai ficar sem graça o jogo, até porque eu posso ter seguramente as minhas preferências no ponto de vista de relacionamento e de história, mas a minha preferência não é que preside a escolha. Pelo menos não é só isso que preside a escolha, pois tem a conjuntura, você tem que avaliar, medir quem pode se viabilizar mais ou menos. Nós vamos fazer agora, espero que ao final do primeiro semestre de 2013 nós já possamos ter tido as conversas necessárias para alinhavar isso, até porque o PT pretende e eu considero que tenha legitimidade para comandar esse processo de sucessão, então para isso ele precisa se preparar rápido.

Tribuna – Caso um nome do PT se viabilize, numa dividida entre Otto Alencar e Marcelo Nilo quem pode ser alçado ao posto na sucessão do senhor?

Jaques Wagner – Não adianta que eu não vou fazer especulação (risos).

Tribuna – Mas o senhor já disse que caso o PT não viabilize um nome existe a possibilidade de abrir espaço para um aliado.

Jaques Wagner – O que eu disse foi o seguinte: – Não há obstrução e interdição a ninguém ser candidato. Quem trabalha em coletivo de aliados não pode dizer: – Ah, eu só aceito fulano. Mas eu quero deixar bem claro que há a legitimidade do PT de pleitear. E no caso, o PT tem nomes. Tem o senador (Walter Pinheiro), tem o ex-presidente da Petrobras (José Sérgio Gabrielli), tem o deputado federal que foi o mais votado que é o secretário da Casa Civil (Rui Costa). O senador teve mais 3 milhões de votos, tem o presidente da Petrobras que por si só já carrega um potencial e tem o deputado que é o mais votado.

Tribuna – Qual a expectativa para 2013 e sua mensagem para os baianos?

Jaques Wagner – Para 2013 minha expectativa é positiva. O custeio vai continuar apertado, mas eu vou poder continuar o meu programa de estradas. Vou fazer um programa de investimentos em escolas, presídios, delegacias, em Água Para Todos, etc. Espero que a crise internacional cesse e a Europa comece a reagir e que possamos crescer 3,5%, 4% e que consigamos manter o nível de emprego e melhorar os números da segurança. A minha mensagem é de otimismo porque não tem como não reconhecer que 2012 é muito melhor do que o de 2002. O nível de satisfação do cidadão brasileiro melhorou. Por isso a oposição começa a ficar nervosa, pois se o povo está satisfeito tende a continuar confiando no projeto.

 Entrevista completa no Tribuna da Bahia

Leave a Comment

Your email address will not be published.

Política Relevantes

Lei do Impeachment entra na ordem do dia do Legislativo

post-image

O Congresso Nacional começa a semana agitado, com mais um round do embate entre o Legislativo e o Judiciário. Parlamentares colocaram na pauta a retomada da tramitação de uma proposta de atualização da Lei do Impeachment de 2023. A movimentação ocorre em resposta direta à decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu trechos da legislação em vigor desde 1950, limitando as possibilidades de abertura de processos de impeachment contra ministros da Suprema Corte.

A articulação do Legislativo ocorre em torno do Projeto de Lei (PL) nº 1.388/2023, de autoria do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e elaborado por uma comissão de juristas presidida por Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF e atual titular da Justiça. A relatoria da matéria está com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e a expectativa é de que o parecer do…

Read More
Política Relevantes

Congresso aprova LDO com superávit de R$ 34 bilhões em 2026

post-image

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A LDO estabelece diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2026. 

O texto segue agora para sanção presidencial. Com a aprovação, a expectativa é que o Congresso vote na próxima semana a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano que vem.

Entre outros pontos, a LDO prevê um superávit de R$ 34,3 bilhões em 2026, o equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O texto estabelece ainda que o governo poderá considerar o limite inferior da meta para fazer limitações de gastos.

Salário mínimo e limite de despesas

O texto da LDO trabalha com o parâmetro de R$ 1.627,00 para o salário mínimo em janeiro. Mas o valor final…

Read More
Juazeiro Política Relevantes

Prefeito Andrei participa da XXX Cúpula de Mercocidades e projeta Juazeiro no debate internacional

post-image

O prefeito de Juazeiro, Andrei Gonçalves, participou da XXX Cúpula de Mercocidades 2025, o maior encontro de integração entre cidades da América do Sul, realizado de quarta a sexta-feira (05), em Niterói-RJ.

O evento, que celebra os 30 anos da Rede Mercocidades, reuniu prefeitos, gestores públicos, especialistas, acadêmicos, representantes de organismos internacionais e lideranças da sociedade civil para debater caminhos para cidades mais resilientes, pacíficas e sustentáveis.

Durante a cúpula, Andrei integrou o painel “Projetos e Iniciativas em Inovação: o olhar dos municípios”, apresentando as ações que Juazeiro vem implementando na transformação urbana, na modernização da gestão e na promoção de políticas públicas voltadas ao bem-estar da população. “Foram momentos de troca, aprendizado e construção de ideias que fortalecem o futuro das nossas cidades e o compromisso com políticas públicas que melhoram a vida das pessoas. Participei…

Read More
Política Relevantes

Messias inicia corrida final no Senado para salvar indicação ao STF

post-image

O advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), começa a semana com a missão de reverter o cenário desfavorável que encontra no Senado e buscar os votos que podem ser o fiel da balança de sua aprovação.

Articuladores do governo ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmam que o AGU já ativou o modo “atirar para todo lado”, a fim de tentar captar o maior número de votos antes de sua sabatina, marcada para 10 de dezembro, data que o governo tenta postergar.

Alvo de resistência dos parlamentares, o indicado deve manter a estratégia de tentar marcar o máximo de reuniões presenciais com senadores, sejam eles propensos ou não ao seu nome. Quando não recebido, Messias seguirá investindo nas ligações.

Outra frente é a articulação feita por ministros do STF. Nos últimos dias, André Mendonça, Cristiano…

Read More
Política Relevantes

“A crise climática é um problema de saúde pública. Hoje, no mundo, um a cada 12 hospitais paralisa as atividades por causa de eventos climáticos extremos”, diz ministro da Saúde

post-image

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no Sistema Único de Saúde (SUS) para construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas. A medida faz parte das ações do AdaptaSUS, plano apresentado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém.

O AdaptaSUS prevê estratégias para que a rede de saúde pública enfrente os impactos das mudanças climáticas, contendo 27 metas e 93 ações a serem executadas até 2035. O anúncio foi feito durante a construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas.

“A crise climática é um problema de saúde pública. Hoje, no mundo, um a cada 12 hospitais paralisa as atividades por causa de eventos climáticos extremos. Para…

Read More
Política Relevantes

TSE inicia teste em urnas eletrônicas para eleições de 2026

post-image

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) iniciou, nesta segunda-feira (1), os testes para as urnas que serão usadas nas eleições de 2026. Oficialmente, o procedimento se chama Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais. Ao todo, serão aplicados 38 testes de transparência e confiabilidade nas urnas somente nesta semana.

Até sexta-feira (5), as avaliações, que não se restringem apenas às urnas, deverão verificar os sistemas que a Justiça Eleitoral utilizará durante em 2026. O primeiro turno está previsto para outubro do ano que vem. 

Os testes serão aplicados a várias etapas do sistema eleitoral, desde os gerenciadores de dados até a apuração e computação dos votos. 

Durante a abertura dos testes, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, declarou que a ação tem como objetivo “garantir mais segurança” ao processo eleitoral. 

“Esses…

Read More
Política Relevantes

Lula sanciona isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

post-image

“A economia não cresce por conta do tamanho da conta bancária de ninguém, a economia cresce por conta do consumo que a sociedade…

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (26), a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e o aumento da taxação para altas rendas. Uma das principais bandeiras de campanha de Lula em 2022, a medida começa a valer a partir de janeiro do ano que vem e deve beneficiar mais de 15 milhões de brasileiros.

Em discurso sobre justiça social e combate à desigualdade, Lula destacou que não existe “sociedade igualitária”, mas que é preciso governar para aqueles que precisam do Estado. Ele reafirmou que o crescimento econômico do país tem por base o consumo da população.

“A economia não cresce por conta do tamanho da conta bancária de ninguém, a economia cresce por conta do consumo que a sociedade…

Read More
Política Relevantes

Mulheres negras marcham hoje em Brasília por reparação e bem-viver

post-image

Caravanas de diversas partes do país vão ocupar, nesta terça-feira (25),  a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a 2ª Marcha das Mulheres Negras, com o tema “por Reparação e Bem Viver.” A expectativa é reunir 300 mil pessoas.

Organizada pelo Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, a mobilização nacional busca colocar em pauta os direitos básicos desse segmento da população – como moradia, emprego, segurança -, mas também por uma vida digna, livre de violência e por ações de reparação.

A jornada faz parte da programação da Semana por Reparação e Bem-Viver, de 20 a 26 de novembro, na capital federal, marcada por debates, atividades e apresentações culturais para exaltar o protagonismo das mulheres negras em todo o país.

Segunda edição

A nova edição da Marcha das…

Read More