O relatório foi enviado pela Antonio Bernardo ao Ministério Público Federal do Rio, a pedido da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. As 356 páginas mostram as imagens das joias compradas por Cabral, Adriana e supostos operadores do ex-governador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Maria Angélica dos Santos Miranda, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves e Luiz Carlos Bezerra.
Há também a descrição das joias e o modo como elas foram compradas: dinheiro em espécie, cheques e cartões. Segundo a empresa relata ao MPF, os cheques foram dados por Cabral e Adriana apenas para garantir os pagamentos, mas depois eram devolvidos e trocados por dinheiro em espécie.Também há notas fiscais em nome do governador pelas compras das joias.
Apesar de terem sido adquiridas entre 2000 e 2016, as notas foram emitidas entre os dias 25 e 27 de novembro de 2016 – oito dias após a prisão de Cabral, acusado de montar um esquema milionário de corrupção instalado na administração do peemedebista (2007/2014).
O trabalho do MPF agora é cruzar a lista de joias relatadas pela Antonio Bernardo com as joias encontradas na casa de Cabral no dia 17, quando foi preso. A Polícia Federal encontrou, durante a Operação Calicute, 300 joias. A polícia suspeita que o ex-governador usava as peças para lavar dinheiro.Até esta quinta-feira, 1, a defesa do ex-governador não havia entrado com nenhum recurso ou pedido de habeas corpus contra a decisão que o levou à prisão. Ele está preso em Bangu 8.


