O estudante André Alves Lezo, de 21 anos, que morreu na noite deste domingo (25) após ser baleado durante uma briga entre palmeirenses e corintianos deve ser enterrado nesta segunda-feira (26) no Cemitério do Jaraguá, em São Paulo. O corpo do jovem deixou o Instituto Médico-Legal (IML) pouco antes das 6h, e chegou ao cemitério por volta das 6h30. André foi baleado na cabeça na manhã de domingo. A polícia não confirmou para qual time o jovem que morreu torcia, mas nas redes sociais há informações de que André era palmeirense.
Por volta das 7h10, apenas alguns amigos do jovem estavam no cemitério – a família dele ainda não havia chegado. O horário do enterro ainda não foi confirmado. A briga aconteceu na região da Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo. O conflito deixou dois baleados e pelo menos cinco feridos por paus, barras de ferro e pedras.
O confronto, que reuniu quase 300 torcedores, entre corintianos e palmeirenses, de acordo com a Polícia Militar, ocorreu por volta das 10h. A PM interveio e deteve dois torcedores palmeirenses suspeitos de participar do conflito. Os policiais do 72º Distrito Policial, onde o caso foi registrado, informaram que os dois foram vistos armados pela PM, mas não carregavam mais as armas ao serem abordados. Por isso, passaram por um exame residuográfico – para detectar a presença de pólvora nas mãos – e foram liberados.
O conflito teria sido agendado pela internet, segundo torcedores que conversaram com o G1 sem se identificar. Nesta tarde, Corinthians e Palmeiras jogaram no estádio do Pacaembu pelo Campeonato Paulista de Futebol. Dentro do estádio, o clima também estava tenso, com embates de palmeirenses e corintianos com a PM.
Além do rapaz de 21 anos, outro torcedor, um jovem de 23 anos, também foi ferido por disparo de arma de fogo na confusão. Ele foi atingido na bacia e acabou transferido, em estado estável, para o Hospital do Mandaqui. A terceira pessoa atendida nessa unidade médica é um torcedor de 27 anos, que teve traumatismo craniano após ser atingido por uma barra de ferro. Ele também sofreu outras fraturas e foi transferido para o Hospital Cruz Azul.
Na tarde deste domingo, uma mãe aguardava em frente ao Hospital da Vila Nova Cachoeirinha informações sobre o filho internado, que é corintiano. Segundo ela, dedos das mãos do jovem foram quebrados por rivais. “Eles só pararam porque um policial tinha uma calibre 12, que é uma arma pesada, então eles se assustaram”, disse Marina Cezarina de Lima em entrevista ao Fantástico.
Os outros quatro feridos seguiram para o Hospital São Camilo, na Pompéia, na Zona Oeste. Três deles foram liberados. Por volta das 20h, um ferido continuava internado.
Prisão de suspeitos
Os dois suspeitos presos estavam num carro abordado pela Polícia Militar. Outros três palmeirenses que estavam no veículo conseguiram fugir. “Por volta das 10h, a PM recebeu chamado de tumulto na Avenida Inajar de Souza. A PM foi para lá e 50 pessoas, entre corintianos e palmeirenses, se confrontavam perto do Terminal Vila Nova Cachoeirinha”, disse o major Soffner. “Foram deslocadas as forças da PM de toda a cidade para os principais corredores e antecipamos o policiamento na cidade, por conta do jogo, que começaria meio-dia”.