O curso de Formação organizado pela FITERT e pelo SINTERP/BA, em Salvador, entre dias 12 e 14/07 contou com a presença de cerca de 50 sindicalistas, das bases de Sergipe, Ilhéus, Itabuna e Bahia. No primeiro dia aconteceram as palestras de Shirley Oliveira, coordenadora da rede conveniada do INSS e de Mário Diniz, presidente do SAFITEBA (Sindicato dos auditores fiscais do estado da Bahia). Shirley Oliveira falou da reforma previdenciária e das mudanças da proposta. O INSS tem um programa de educação previdenciária para difundir informações nas associações representativas que espalham informação. Para ela, o rádio é um veículo de comunicação muito democrático pois não precisa acessar internet, não precisa de grau de instrução e seria está a importância maior de falar para os Radialistas. “É possível ir a um lugar distante e não encontrar TV, mas tem rádio”, completou.
Mário Diniz disse que a escolha que os sindicatos vão ter que fazer agora é flexibilizar ou aturar demissões. A reforma trabalhista pinçou pontos que os patrões estavam perdendo na Justiça do Trabalho e chamou isso de modernização. “O movimento sindical deve se preparar para um longo período de resistência. A reforma trabalhista é um retrocesso histórico para os trabalhadores fruto de um momento da política brasileira onde as conspirações mais ilegítimas da classe política estão em contrassenso no Congresso Nacional, que legisla de costas para o povo brasileiro”, declarou.
No segundo e no terceiro dia, Ana Georgina Dias e Nádia Sousa, economistas do DIEESE, falaram sobre o conceito de negociação coletiva, quais as etapas do processo de negociação e a questão prática da negociação com simulações em que os participantes negociaram para, a partir daí, refletir sobre a importância da preparação para isso, definir estratégias e avalia-las ao longo do percurso para atingir os objetivos .
Para Ana Georgina Dias, com a mudança na lei, algumas questões pontuais serão negociadas entre trabalhadores e empresas como Banco de Horas, mas a negociação vai continuar na esfera coletiva na maioria das questões referentes ao trabalho. “As empresas com mais de 200 trabalhadores podem ter uma comissão por local de trabalho para negociar diretamente com elas. O desempenho de cada um vai determinar se os trabalhadores vão ser representados pela comissão ou pelo sindicato. Isso pode fragilizar ou fazer com que o sindicato tenha uma ação mais pungente”, afirmou.
Os juazeirenses Leane Aline, Semário Andrade e Nilton Ferreira estiveram representando a Coordenação Regional do Norte da Bahia neste evento. O evento encerrou com a posse da nossa diretoria eleita.
Com informações do Sinterp-BA