A torcida do Bahia terá que esperar. A pedido da relatora, segundo consta nas movimentações do processo, o julgamento da liminar que versa sobre a intervenção judicial no clube passou para o dia 9 de julho, uma terça-feira, às 8h30. Acompanhado de perto por grupos de oposição como Revolução Tricolor, Bahia da Torcida, Ordem dos Advogados Tricolores e também pelo movimento “Dia do Basta!”, o julgamento decidirá se o atual presidente Marcelo Guimarães Filho e toda sua diretoria permanecerá no clube ou não.
Com o adiamento da pauta, os advogados ganham mais 24 dias para estudar as melhores estratégias, em ambos os lados. Do lado de MGF, o renomado causídico Kakay, contratado no fim de maio deve atuar. Já pelo grupo que deseja a intervenção, o conhecido jurista Pedro Barachisio Lisboa defende a causa. O julgamento que definirá uma possível intervenção no Bahia está agendado para o dia 9 de julho (aconteceria na próxima terça-feira, mas foi adiado). Na pauta do Tribunal de Justiça, o processo será julgado pela desembargadora Lisbete Teixeira e pode derrubar a liminar que mantém Marcelo Guimarães Filho na presidência do clube desde o ano passado. Segundo o dirigente, a possibilidade de ser mais uma vez afastado não o assusta.
“Não, de forma nenhuma. Estou bastante tranquilo em relação a isso, como sempre estive. A gente já teve outras ações na justiça no mesmo sentido e nós vencemos. Estou absolutamente confiante na imparcialidade de justiça. Espero que isso não demore a ser solucionado para que a gente possa trabalhar em paz”, disse Marcelo Guimarães Filho, durante a apresentação do novo centro de treinamentos do clube.
Caso haja intervenção, o presidente será afastado do cargo e um interventor será indicado, como aconteceu entre dezembro de 2011 e março de 2012, quando o juiz Paulo Albiani foi responsável por decretar a destituição da diretoria por duas vezes. Entretanto, a defesa de Marcelo Guimarães Filho agora alega que o magistrado tem supostos interesses na ação e tenta a suspeição do juiz no processo. O adiamento do julgamento de suspeição do juiz Paulo Albiani é uma das suspeitas que levou à mudança de data do julgamento. A ação, movida pelo ex-conselheiro do clube Jorge Maia, aponta irregularidades no conselho que elegeu o segundo mandato do atual presidente.
Do Tribuna da Bahia