O governador de Ohio, John Kasich, suspendeu ontem (4) sua campanha de pré-candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para novembro. Com isso, o empresário Donald Trump tornou-se o único pré-candidato republicano.
Para disputar a eleição, Trump ainda precisa obter a adesão de 1.237 delegados republicanos para garantir a formalização de sua candidatura. O empresário só deverá atingir esse número de delegados nas primárias do estado da Califórnia, previstas para o início do próximo mês. A convenção nacional do Partido Republicano, marcada para julho, deverá homologar a candidatura de Trump.
O anúncio de Kasich foi feito no estado de Ohio, em entrevista à imprensa. A renúncia ocorreu um dia após o senador Ted Cruz também anunciar a suspensão de sua campanha para ser o indicado do Partido Republicano para as eleições presidenciais.
“Suspendo a minha campanha hoje, com uma fé renovada e profunda que o Senhor vai me mostrar o caminho a seguir e cumprir o propósito da minha vida”, disse Kasich durante o anúncio.
Diferenças internas
Sem adversários na disputa, resta agora a Donald Trump realizar a difícil tarefa de unir os republicanos e iniciar a escolha do candidato a vice-presidente.
Os constantes ataques feitos por Trump a seus ex-oponentes deixaram muitos partidários republicanos arredios. Além disso, as propostas do empresário também racharam o partido: muitos não concordam com os comentários de Trump sobre as mulheres nem com sua intenção de construir um muro na fronteira com o México.
Os críticos de Trump no Partido Republicano consideram um exagero sua sugestão de deportar 11 milhões de imigrantes ilegais. Na avaliação desse grupo, em um eventual confronto com a provável candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, os votos dos imigrantes fariam a diferença em favor dos democratas.
Diante da desistência do rival, Trump disse em entrevistas à TVs que acredita na união dos republicanos. “Estou confiante de que posso unir grande parte do partido”.