Não tem para onde correr: vai ser sofrimento até o final do Campeonato Brasileiro. Com a segunda melhor campanha do returno até enfrentar o Santos, na última quinta-feira, o tricolor caminhava para administrar a vantagem para a zona de rebaixamento na reta final da Série A. O quadro mudou. Em duas péssimas atuações, duas derrotas e a zona de degola já é realidade no Fazendão. O revés de ontem, sem dúvidas, foi muito mais sentido do que o 1×0 sofrido para o Santos, na Vila Belmiro.
Em casa, com mais de 22 mil pagantes na Fonte Nova, um novo e decepcionante 1×0, dessa vez para a Chapecoense, concorrente direto na luta para fugir da Série B de 2015. Além de voltar para o grupo dos quatro últimos, distante do dia a dia tricolor desde a 22° rodada, quando a equipe de Gilson Kleina bateu o Botafogo por 3×2 no Maracanã, o Bahia permitiu que a equipe catarinense abrisse quatro pontos de diferença do Z-4. Situação muito ruim, que o time azul, vermelho e branco terá de se superar para mudar.
“Oscilamos num momento importante do campeonato, na véspera do jogo com o São Paulo, que está buscando o G-4 (na verdade, está em terceiro). Temos que assimilar rapidamente esse golpe”, disse o técnico Gilson Kleina, que na próxima rodada enfrenta o São Paulo, no Morumbi, e logo depois recebe o quarto colocado Atlético Mineiro, na Fonte Nova. Desafios que precisam ser conciliados com a Sul-Americana, onde o Bahia decide vaga nas quartas de final contra o Cesar Valejo, lá no Peru, quarta-feira. Um jogo importante para várias situações.
Primeiro, lógico, carimbar o Bahia nas quartas de final de uma competição internacional. Depois, devolver a confiança da equipe tricolor, que embalou uma sequência de três jogos sem vencer, após ficar quatro sem perder. E, por último, para minimizar a relação entre salários atrasados (são dois meses) e resultados ruins. Vale lembrar que, como venceu a equipe peruana no jogo de ida por 2×0, o Esquadrão tem a vantagem até de perder por um gol de diferença.
“É ter tranquilidade para voltar às vitórias. Espero que possamos solucionar nossos problemas (salários atrasados). Só conseguindo o resultado vamos pegar mais força. Estou administrando a cabeça deles para correr pelo Bahia, deixar o Bahia na Primeira Divisão. É importante a parte financeira, mas quem está dentro do jogo foca só no objetivo da vitória”, ressaltou Kleina.
Fonte: Correio da Bahia
