“Estamos trabalhando em um convênio que servirá de base para a construção de outra central atômica”, revelou o ministro argentino do Planejamento, Julio De Vido, em declarações à rádio América de Buenos Aires.
A Argentina tem em funcionamento três usinas nucleares e uma quarta está a caminho com financiamento da China.
Na segunda-feira, De Vido se reuniu em Moscou com diretores do Banco para o Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Externos da Rússia para acertar os detalhes sobre o financiamento da central hidroelétrica “Chihuido I”, na província de Neuquén, na Patagônia.
Em relação à usina atômica, De Vido destacou que “se está analisando sua localização” geográfica.
O presidente Putin visitou Buenos Aires em julho de 2014, quando firmou acordos comerciais, militares, de comunicações, energia e cooperação nuclear com fins pacíficos.
Moscou quer reforçar seu intercâmbio com Buenos Aires para superar as sanções comerciais impostas pelos países ocidentais em razão da crise na Ucrânia, destacaram funcionários russos.
O governo russo quer aumentar suas importações da Argentina em entre 20% e 30% em um ano, no momento em que o intercâmbio comercial bilateral soma apenas 2 bilhões de dólares ao ano.
Em julho de 2014, Kirchner e Putin concordaram em defender uma reforma no sistema financeiro internacional que implique em uma mudança no modelo de ação dos organismos multilaterais de crédito.