“Hoje, pesquisa perdeu credibilidade. A gente não pode usar a mesma metodologia e ter resultados tão díspares”, disse Lira em entrevista no Palácio da Alvorada, onde se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e parlamentares reeleitos da base aliada.
O projeto de lei ainda será apresentado pelo líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR). Ele convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta quinta, em que deve detalhar a proposta. Barros já afirmou que vai sugerir a criminalização de pesquisas que não correspondam ao resultado das eleições ou que fiquem fora da margem de erro.
O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais divergiu das previsões das pesquisas. Levantamentos do Datafolha e Ipec apontavam menos de 40% dos votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e indicavam a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar sem a necessidade de segundo turno. Ambos erraram.
Há outra iniciativa que mira a criminalização desses institutos no Congresso Nacional: nesta quarta (5), 27 senadores apoiaram o requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de pesquisa — número suficiente para a instalação do grupo.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) é o autor do pedido e deve entregá-lo ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda nesta quinta. Cabe ao presidente do Senado a leitura do requerimento em plenário para a criação da CPI. Só então os partidos indicam os membros.
Enquanto isso, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que ingressou com uma representação para que a Polícia Federal apure a atuação dos institutos. Perguntado sobre o tema, ele não especificou quais órgãos serão alvo de inquérito.
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