Mãe do brasiliense desaparecido no Peru, Susana Paschoali postou nesta terça-feira (30) uma carta em homenagem ao 20º aniversário do jovem. Após quatro meses de busca, ela e o marido voltam para o Brasil nesta quarta. O retorno estava programado para sábado, mas foi adiado depois que eles receberam uma ligação falsa sobre o paradeiro do estudante. O pai do rapaz chegou a ser detido, porque perdeu a cabeça e agrediu os responsáveis pelo telefonema.
Na publicação, Susana narra como foi o parto do garoto e conta situações vividas pela família. Susana cita ainda uma mensagem que o filho a enviou no último dia das mães, quando ele estava na Rio+20. Ela afirmou que releu o texto diversas vezes nos últimos meses.
Não importa pra mim se hoje é o dia das mães. Todos os dias são seus dias para mim. Brigamos algumas vezes e divergimos nosso pensar, mas sempre vou reconhecer sua importância na minha vida e isso para mim é amor. E o amor basta!”, disse o estudante à mãe, por mensagem, no último dia das mães.
Susana disse ainda querer desejar amor, paz e luz ao filho. “Artur, perdi a conta dos sustos que você me deu, perdi a conta dos momentos de preocupação, perdi a conta dos beijos e do teu olhar terno… tranquilo… Tudo estava bom para você. Sempre”, escreveu.
Desaparecimento
O mochileiro Artur Paschoali, de 19 anos, de Brasília, entrou em contato com a família pela última vez em 20 de dezembro do ano passado, quando viajava pelo distrito de Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, na região de Cusco. Ele chegou a Santa Teresa no dia 18 de dezembro. Antes, o mochileiro ficou uns dias em Machu Picchu.
Segundo o irmão, Artur estava trabalhando em um restaurante em Santa Teresa, em troca de alimentação, hospedagem e dinheiro. Ele estava dormindo na casa do dono do estabelecimento.
No dia 21, às 16h, ele saiu para tirar umas fotos, apenas com uma câmara fotográfica, vestindo shorts. O mochileiro deixou todas as coisas dele na casa onde estava.
O local faz parte da rota de turismo na região de Machu Picchu. Mochileiros costumam percorrer trilhas pela mata e pelas montanhas.
O irmão afirmou que o mochileiro cogitava retornar ao Brasil no início de 2013. Ele entrava em contato com a família em um intervalo máximo de dez dias.(G1)
