No Rio para um evento sobre segurança pública na Procuradoria Geral do Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta sexta-feira, 1º, a permanência das tropas federais no Rio até o fim de 2018. Ele disse ainda que a coordenação da política de segurança fluminense deveria ser do governo federal, e não do Estado.
“Eu não tratei desse assunto com o presidente Michel Temer, mas tenho certeza de que se isso for um pedido do governador (Luiz Fernando Pezão) ou do secretário de Segurança, se for importante para o Rio, ficará (o auxílio federal). Em alguns momentos, o ministro da Defesa (Raul Jungmann) disse que poderia ir até o final do governo Temer”, afirmou.
“O Rio ainda vive transição fiscal. Eu defendo a permanência, é importante. O Rio vive a crise que vive e não entendo como a gente não tem ainda um comando mais transparente por parte da União. Foram muitos governos que se omitiram. A coordenação da política de segurança precisa ser do governo federal, até porque as armas que estão matando nossas famílias não são produzidas no Brasil, isso é um crime federal. A solução tem que ser coordenada pelo governo federal, tem que ter protagonismo”.
Maia também reviu posição sobre o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, que externou em setembro, por ocasião da guerra na Rocinha – ele chegou a afirmar que Sá havia “perdido as condições de comando” do Estado diante da invasão de traficantes rivais à favela e pediu sua exoneração.
Nesta sexta-feira, o deputado contemporizou, explicando que falou como morador do bairro de São Conrado, onde fica a Rocinha. “Falei uma frase solta que não deveria ter falado, isso é de responsabilidade do governador. Ele (Sá) tem trabalhado de forma incansável, e com poucos recursos, não tenho nada contra ele. Eu não mudei de opinião, mas não cabe a mim discutir nomeação e exoneração. Talvez tenha sido um erro meu, tenha me precipitado. Tenho certeza que dentro dos R$ 3 bilhões do empréstimo federal, que se Deus quiser vai sair nos próximos dias, vamos conseguir colocar em dia o 13º salário das polícias”, completou.
Estadão Conteúdo






