O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na manhã de ontem (10) que a maioria dos educadores prefere que o aumento do ano letivo das escolas seja pela mudança na carga horária, e não na alteração do número de dias de aulas. A informação foi colhida em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação.
“Nós alteraríamos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e definiríamos uma carga de mil horas anuais, distribuídas pelo número de dias. Nossa dificuldade era mexer na carga horária noturna, porque é difícil as escolas se organizarem nesse turno para ter cinco horas de aula”, diz Hddad.
De acordo com o ministro, o problema, no entanto, afetaria mais o ensino médio – no ensino fundamental não há muitas turmas nesse horário.
“Como o horário noturno está bastante concentrado no ensino médio e a resolução do Conselho Nacional de Educação, a ser aprovada, prevê 20% da carga horária em atividades semi-presenciais à distância, as pessoas estão enxergando nisso uma alternativa de resolver o problema”, ressalta o ministro.
Decisões em aberto
Haddad, no entanto, destaca que a mudança não está definida e que as decisões só serão tomadas após ouvir todas as entidades convidadas pelo MEC a se manifestarem-se sobre o assunto.
O ministro também disse que considera acertada a decisão da presidente Dilma Rousseff em preservar a educação de cortes financeiros.
“Eu penso que a presidente tomou a decisão correta. Se nós estamos num ano em que temos que ter cautela com relação ao cenário internacional [econômico], a educação tem que estar preservada de qualquer corte. Ou seja, independentemente do ciclo econômico do Brasil e do mundo, nós temos uma agenda que não pode parar em função disso”, afirma.